quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Monarquia à brasileira

Você acredita numa briga em família para se resolver quem tem legítimo direito ao trono... do Brasil? Pois acredite: os herdeiros da antiga família real brasileira não chegam a um consenso sobre quem deve ser o imperador!

Em meio a essa mixórdia surreal, resta apenas a lucidez do historiador Milton Teixeira...

Este é o Brasil...

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro Randol,

Desculpe, a intromissão mas acho que a monarquia é uma instituição respeitabilíssima.
Os países com democracias realmente consolidadas são monárquicos ( espanha, inglaterra japão- exemplos ainda dicutíveis- mas, o que dizer da suécia,bélgica, noruega e dinamarca? este último país nem sequer possui mecanismos institucionais de controle jurisdicional de constitucionalidade apesar de sua constituição escrita e rígida simplesmente porque não é necessário( Lipjhart, A. M Patterns of Democracy).Monarquias aliadas ao parlamentarismo monocameral e bipartidário, sendo o rei o chefe de estado( que com certeza não precisará afrontar a população com cartões de crédito corporativos e sem limites para si e para sua entourage nas viagens para o exterior para o banhozinho de loja básico, pena que não seja de postura e de composturam, já que se trata de uma postura mais assemelhada com a dos monarcas absolutistas ) seria ótimo.
A repúblia é bem mais cara que a monarquia meu caro, vc sabe quanto pagamos de pensões segurança, ajuda de custo para os ex-presidentes?
Fora isso, execrar a monarquia , dá a entender um descaso com a figura de nosso extraordinário monarca, D. Pedro II( o monarca mais erudito do seu tempo) , que recusou a dotação da república pois não se sentiria bem recebendo dinheiro do brasil se estivesse trabalhando por ele ( viveu de empréstimos e de vendas de propriedades, e nunca apoiou determinadas atividades do conde d'eu), não é qualquer presidente populista ou caudilhesco que tem peito para isso, até porque a maioria de nossos presidentes não pouuiam o preparo para o cargo nem para a liturgia que é seu corolário . Aliás, o livro de josé murilo de carvalho( D. Pedro II, da Cia das letras é muito ilustrativo nesse sentido).
Claro que na família real hodierna existem dois ramos um TFP que francamente ..., Mas existe por outro lado a linhagem d e D. Cristina( a das cerâmicas de petrópolis) , D Joãozinho que tanto tem feito pelo reconhecimento das potencialidades dos portadores da síndrome de down, e que é antenada com seu tempo e com a história que representam, e com certeza emprestariam muito mais dignidade ao nosso país por meio regime monárquico parlamentarista, o que não impediria a possibilidade de um primeiro ministro de esquerda.

leitora de petrópolis

Walter Junior do Carmo disse...

“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...”
Mário Quintana

Feliz recomeço em 2008.
Walter Jr e Solange

Yúdice Andrade disse...

Lindas palavras, Walter e Solange. Adoro Mário Quintana. Já escrevi sobre ele aqui no blog, inclusive colocando uma foto dele, já idoso, com a maior cara de vozinho bacana. Um feliz recomeço para vocês também.

Yúdice Andrade disse...

Cara leitora de Petrópolis:
Passei a lua-de-mel em sua adorável cidade e espero retornar, numa oportunidade não distante. Belas paisagens e histórias, além de um povo muito legal.
Quanto ao seu comentário, não pensei ter dado a impressão de ser avesso à monarquia. Enquanto instituição, eu também a considero bastante respeitável, mas isso só funciona nos países que têm tradição monárquica. Penso ser impossível adotar esse modelo, se ele já saiu (ou nunca esteve) no ideário de um povo. Sou parlamentarista, também, mas hoje desconfio que as pessoas que me derrotaram no plebiscito de 1993 tinham razão ao dizer que o Brasil não se acostumaria a ele.
Respeito sua elegante exposição, que veio até com bibliografia (excelente), mas devo discordar da conclusão, se ela for no sentido de que a monarquia daria certo no Brasil. Desculpe, mas não vejo como. Aliás, em se tratando de Brasil, sou levado a crer que nada pode dar certo, pois aqui tudo acaba sendo degenerado. Infelizmente.
Parece-me também bastante óbvio dizer que tanto a monarquia quanto a república possuem virtudes e vícios, dependendo de quem lhes esteja à frente. Na época do plebiscito, eu estava na faculdade de Direito e tive a oportunidade de ler algumas obras, bem como de debater a questão, e realmente estou convencido de que a república permite um governo mais consentâneo aos nossos tempos, mais controlado, por causa do voto. É de se lamentar o caso do Brasil, que sequer poderia ser considerado uma verdadeira república, pois aqui a democracia é de fachada e as eleições nunca foram e continuam não sendo sérias.
A funcionarem bem as instituições republicanas, de fato as considero melhores, sem qualquer repúdio aos ideais monárquicos.
No mais, louvo o lado da antiga família real que se dedica a boas causas, como as que você listou.
Espero ter esclarecido melhor o meu ponto de vista, ficando feliz por ter merecido sua educada atenção. E nem sei como me achou aí, tão distante.
Saudações das quentes e calorosas terras paraenses. Feliz 2008.

Frederico Guerreiro disse...

Caro Yúdice, que efeitos a revista Veja não causa, ein?
O grande mérito da monarquia é sustentar o luxo de meia dúzia de madraços e seus asseclas.
Cuidado, amigo! Nem tudo que aparenta é e está onde parece.

Yúdice Andrade disse...

De fato, Fred. Desconfio das aparências. Todavia, como não leio a Veja, não consegui alcançar o teu comentário. Qual a relação?