terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O destino nas próprias mãos

Qual é a sina de um nordestino que se radica em São Paulo? Depois do sergipano Reinaldo Moura de Souza, hoje com 33 anos, pense bem antes de responder.
Natural de Boquim, a 80 Km de Aracaju (SE), e oriundo de uma família humilde, Souza foi para São Paulo com 22 anos. Ia apenas dirigir o carro do tio, mas esticou a permanência na cidade e prestou concurso para motorista do Tribunal de Justiça paulista. Passou. Até aqui, um nordestino motorista não chega a impressionar, certo?
Ocorre que no último mês de agosto, o nordestino Souza, que ainda devia 24 prestações da faculdade, tomou posse no cargo de juiz substituto e, hoje, atua na comarca de Ribeirão Preto. Ele acha que realizou um sonho.
Eu o considero um exemplo. Parabéns, Souza. Espero que a juizite não te acometa e que leves, ao Judiciário, uma visão de mundo mais humana e solidária. Sucesso na carreira.

3 comentários:

Anônimo disse...

Em minha singela e humilde opinião, estes são os verdadeiros juízes, pois vivenciaram as distintas realidades o que os tornam capazes de analisar um fato sob uma ótica mais imparcial e consequentemente, mais humana.

Parabéns ao juiz.

Abraços primo!!!

Yúdice Andrade disse...

Esse é exatamente o meu sentimento, Jean: esse rapaz pode ser um bom juiz porque é mais humano do que a média. Afinal, ele veio do mundo real e não, tão somente, das comodidades da vida.
Não quero parecer aqueles comunistas lesos de antigamente, mas para mim parece muito nítido que uma justiça composta apenas por gente oriunda da classe média para cima terá, necessariamente, valores muito duros com os mais pobres. Já é isso que vemos diariamente.

Itajaí disse...

Longa vida ao juiz e a sua descendência, que se orgulharão sempre do ancestral. São esses exemplos que contrariam que a vida é breve.