segunda-feira, 29 de junho de 2009

Brasileiros, comemorai!

O governo do cara decidiu prorrogar, mais uma vez, a redução do imposto sobre produtos industrializados, incidentes sobre automóveis, eletrodomésticos da chamada "linha branca" (mais baratos) e materiais de construção. Alvíssaras!
Para pessoas com as quais conversei, a maioria comerciantes desses setores da economia, foi uma das melhores medidas que o governo podia tomar. Prova-se, assim, por A+B (como se precisasse), a injustiça da carga tributária brasileira. Com menos impostos, as mercadorias se tornam mais acessíveis ao consumidor e a economia gira, continua a funcionar.
Só quem não ganha com isso é o governo mamador.

2 comentários:

Vladimir Koenig disse...

Exatamente, Yúdice. A redução da carga tributária foi excelente para aquecer a economia no período de crise, o que demonstra que manter tal redução seria ótimo para o cidadão e o crescimento econômico. Contudo, esbarramos num problema estrutural do estado brasileiro: as contas não batem. A redução da carga tributária deixou mais clara a necessidade de que alta tributação para fazer frente aos gastos descontrolados do estado. Não dá para manter essa redução de impostos sem gastar menos e melhor os valores arrecadados. E isso não diz respeito apenas ao Executivo. Engloba-se todos os poderes e os demais órgãos constitucionalmente autônomos (Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas). Exemplo simples: desde que passei a integrar a DP que venho tentando usar o verso dos papéis nos documentos oficiais e petições, mas encontro muitas resistências. Imagine se nas minhas petições eu pudesse imprimir no verso? Poderia reduzir em quase 50% o consumo de papel, causando enorme benefício para o erário e para o meio ambiente. Isso já vem sendo feito na Justiça do Trabalho da 8ª Região sem problemas. São pequenas práticas, mas com enormes benefícios.
Abraços,
Vlad.

Yúdice Andrade disse...

Imagino o grande motivo pelo qual não se admite imprimir no verso do papel. Algo como comprometer a dignidade do universo forense e por aí vai.
O problema, Vlad, para variar, reside na base: as pessoas não querem mudar por má vontade, preguiça, acomodação a comandos tão antigos quanto burros, para os quais não conseguem mais, sequer, dar uma explicação.
Isso vale inclusive para a economia doméstica e nossas torneirinhas gotejantes. Como poderia não ser o caso do poder público?
Abraço.