Como tirei este final de semana para postar no blog apenas textos prosaicos e cotidianos, vai aqui mais um.
Voltava para casa ontem no começo da noite quando, na Gentil Bitencourt, chegando na José Bonifácio, deparei-me com um poodle preto, daqueles tipo ovelhinha, correndo pela pista. Em seu encalço, um rapaz marombado, músculos definidos em academia, trajando calças desse tipo que atletas gostam, sem camisa. Apesar de antipatizar profundamente com poodles, meu senso de respeito à vida (ainda mais porque adoro cães) fez com que reduzisse a velocidade, precavido. Foi a melhor coisa que fiz.
O animal tentou atravessar a rua e, por muito pouco, não acabou embaixo do pneu traseiro do veículo que seguia a minha frente, que converteu à esquerda, mesma manobra que eu faria em seguida. O infortúnio não se consumou porque o próprio cachorro parou de correr e se encolheu. Mas assim que o automóvel saiu de perto, ele se lançou à frente. O cara não contou conversa: foi atrás com tudo. Sem olhar para nada além do cachorro, meteu-se na minha frente. Por muito pouco não o atingi em cheio. O sujeito ia voar sobre o meu capô, o que não aconteceu porque eu, já estando devagar, pude impedir o pior.
Pelo que notei, ele sequer se deu conta do risco que correra. E se danou a perseguir o cachorro pela José Bonifácio. Uma ceninha urbana patética.
Sorte a minha que, anos atrás, escutei o sábio conselho: dirija por você e pelos outros. Não fosse o senso de precaução advindo daí, eu estaria em apuros agora.
2 comentários:
Certamente, Yúdice, estarias em apuros. Que bom seria se os motoristas daqui de Macapá fossem como tu no trânsito. Já estou quase perdendo a paciência com tantos "barbeiros" nessas ruas esburacadas e sem sinalização daqui. Peço sempre à Deus que proteja minha esposa todo dia quando sai. Ainda mais agora que estamos grávidos de novo.
Desculpa a longa ausência aqui no Arbítrio, que pode não ter sido notada, mas a falta de uma internet decente em Macapá me fez perder a vontade de navegar pelos blogs amigos. É uma pena...
Espero que esteja tudo bem por aí com a família.
Abraço.
Não é virtude, meu amigo. É autopreservação, apenas. Reconheço, porém, que isso já faz a diferença no trânsito das cidades.
Fiquei muito feliz com a novidade do segundo bebê. Como já deves ter visto, fui ao teu blog registrar a minha homenagem. Saúde para vocês!
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