terça-feira, 2 de junho de 2009

O mundo muda

O mundo está mudando. Ninguém mais o negará, nem tentará minimizar o fato.
Ontem, a General Motors pediu concordata, com o que espera ganhar sobrevida para o futuro. Notícia esperada há muito tempo, nem por isso deixa de impressionar que a outrora maior montadora do mundo esteja há tanto tempo pendurada numa teia de aranha.
Não se trata apenas de uma questão de globalização econômica ou de táticas gerenciais. Há mais elementos envolvidos. Por exemplo, a furiosa objetividade dos japoneses, que nas poucas décadas após serem humilhados na II Grande Guerra mostraram a que vieram, tornando-se referência mundial em todo tipo de tecnologia automobilística inclusa, é claro. Os carros japoneses passaram a concorrer e depois a superar os americanos imensos, e por isso difíceis de circular por cidades cada vez mais engarrafadas, e beberrões, incondizentes com a inevitável carência de petróleo.
Daí que a Toyota se tornou a maior montadora do planeta há alguns anos.
Naturalmente, não me importa qual é a maior e mais bem sucedida fábrica de automóveis do planeta. É pena, contudo, que tantas pessoas já tenham perdido seus empregos e outras tantas seguirão o mesmo rumo, desestabilizando ainda mais uma economia da qual, infelizmente, parece que o mundo depende em alguma medida. Particularmente nós.
Para os amantes de carros, há a tristeza adicional de ver o afundamento da empresa que já produziu vários dos maiores ícones da história do automobilismo, como o Camaro, tão famoso que acabou re-ditado, belíssimo, como pode ser visto na imagem.
O império pode estar de pé. Mas descobriu que também possui pés com barro em sua composição.

2 comentários:

Wilson Franco disse...

acredito que os EUA ainda vão governar o mundo por centenas de anos, afinal é o maior império que o mundo já viu!!!!

Yúdice Andrade disse...

Essa era a crença geral, Wilson, até bem pouco tempo atrás. Mas agora creio que o mundo está diferente. Sempre haverá um império, lutando por si mesmo e prejudicando as demais nações. Mas não necessariamente os Estados Unidos.