quarta-feira, 17 de junho de 2009

Era só o que faltava

Em Ohio, Estados Unidos, um tribunal acabou de condenar Daniel Petric, de 17 anos, a 23 anos de prisão. Mas poderia tê-lo condenado à prisão perpétua, posto que seus crimes foram matar a própria mãe e ferir o pai. E qual o motivo da leniência com o homicida? Por ser obcecado por videogames, ele perdera a noção da realidade e, assim como os personagens, não acreditava que a morte era algo real.
Gostou? Mesmo no país da tão decantada tolerância zero, matar está ficando mais fácil.
O que é a empatia! Como tenho ojeriza a jogos eletrônicos e às pessoas que se entregam a eles como se precisassem disso para viver, de cara antipatizei com esse moleque e repudiei a decisão judicial.
Obviamente, conheço o conceito de imputabilidade penal. Sei que ele depende da capacidade de compreender as situações da vida e de tomar decisões com base nessa compreensão. Sei que os mais variados motivos podem comprometer ou até anular esse atributo humano, fazendo alguém aparentemente são praticar atos tresloucados, pelos quais não possa responder plenamente. Compreendo tudo isso. Mas a explicação não me desceu a goela. Se ao menos dissessem que o cara sofre de algum tipo de transtorno mental, que teve no jogo uma válvula de escape, melhoraria. Mas com as informações de que disponho, não deu para tolerar.
Vamos ver se, na prisão, sem videogame, o rapaz cai em si. Segundo o pai, ele já sente muito remorso. Será que sente, mesmo? Ou será que sua dor foi motivada por não ter conseguido salvar o jogo antes de ser preso?
Leia notícia na íntegra aqui.

3 comentários:

Mané do Guamá disse...

Dotô, não sei porquê essa sua indignação toda? Aqui em Pindorama se um homicida é condenado(quando pe condenado) a pena máxima, passa 1/3 no xilindró (ou menos que isso) e vai pro semi-aberto. Se tiver uma boa banca, nem chega a isso. Né não?

Yúdice Andrade disse...

Na verdade, Mané, enquanto escrevia a postagem percebi que a pena do rapaz é mais ou menos a que ele receberia no Brasil. Até pensei em escrever uma postagem sobre isso. Mas aí temos uma comparação entre os ordenamentos de dois países. A minha crítica - e minha indignação - diz respeito a uma análise apenas do ordenamento jurídico de Ohio, que deixou de aplicar uma pena possível lá sob um argumento que não me convence.
Sem dúvida, no Brasil, ele ficaria menos tempo preso. Ou acabaria morto em alguma rebelião. Ou então entraria para o esquema e se tornaria um bandidão irrecuperável.

Jean Pablo disse...

Olá Primo,

Senti uma crítica aos videogames imbutidos nos seus comentários.

Bah, o que um joguinho de futebol pode fazer mal? auhahuauha

Abraços!!!