Vocês esperavam ver Marinor Brito e Mário Couto entusiasmadíssimos em torno de um mesmo ideal? Improvável, não? Mas neste país surreal o governo federal conseguiu juntar os dois, como prova a imagem aí ao lado, obtida na página do Senado, e em prol de um objetivo que pode ter suas motivações secundárias, mas que é essencialmente justo: derrubar, junto ao Supremo Tribunal Federal, as medidas provisórias que visam à concessão de incentivos fiscais e instituição do regime diferenciado de contratações, ambas destinadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas.
As ações, sobre as quais você pode ler nas páginas do Senado e do próprio STF, tentam barrar a grande bandalha das obras colossais necessárias para aqueles dois eventos, que o governo quer autorizar sem os indispensáveis mecanismos de controle, que usualmente já são insuficientes para impedir a roubalheira. Agora, pretende-se institucionalizar a roubalheira, de uma forma nunca antes vista, nem mesmo no Brasil.
Tudo bem que político só tenta impedir a sangria dos cofres públicos quando não se vê contemplado por ela, mas nem que seja por esse motivo (ou pelos efeitos eleitorais de longo prazo) alguém tem que fazer alguma coisa para minimizar a vergonha que essa história já é, por representar a derrama de bilhões de reais em situações que não mudarão a realidade de um país onde ainda se morre de fome.
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