Recorde do quê?

O  povo estadunidense tem umas manias difíceis de assimilar. Competitivo que só ele, os caras vivem se metendo em disputas tão inusitadas quanto imbecis, o que explica p. ex. concursos para escolher o maior comedor disso e daquilo, atividade que os praticantes querem ver reconhecida como esporte!

A dona de casa Susanne Eman, de apenas 32 anos, é um desses exemplos. Pesando 320 quilos, ela se dedica a uma dieta de 20 mil calorias diárias para atingir sua meta de bater os 730 quilos e assim quebrar um recorde mundial.
A reportagem não informa como essa criatura se sustenta (o excesso de peso a impede de trabalhar), mas diz que ela passa oito horas seguidas no supermercado, uma vez por mês, fazendo suas compras, auxiliada pelos dois filhos (de 16 e 12 anos), que me parecem bastante constrangidos nas fotos.
Susanne acredita piamente que é uma pessoa saudável, o que confere através de consultas e exames médicos regulares. E se sente cada vez melhor consigo mesma quanto mais engorda: mais confiante e sexy. Sua grande inquietação é saber se é "humanamente possível alcançar uma tonelada".
Chama-se transtorno dismórfico corporal a uma desordem mental na qual o indivíduo percebe de maneira deturpada a própria imagem, passando a ter obsessão por defeitos inexistentes. Mas o dismorfismo normalmente está associado à busca pela perfeição física. No caso de Susanne, não há sinais de que veja a obesidade como a beleza ideal, mas decerto que essa é a condição ideal para ela mesma. Deve haver uma classificação de transtorno mental para isso. Com certeza há.
Lamento muito por pessoas assim, autodestrutivas. Duvido que ela alcance a meta estabelecida. É muito provável que morra antes.