Depois veio o imbróglio da OAB, que tem dominado a mídia e causado constrangimentos para todos os lados envolvidos.
Nos últimos dias, uma nova ação do Ministério Público Federal contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e uma nova onda de protestos trouxeram à tona as mazelas sociais da região, a persistência de um modelo de grandes projetos que até a mais tosca ameba sabe ter sido lesiva para a Amazônia, além do apoio indecente ao governo federal ao projeto que, segundo consta, nem vai gerar toda a energia que se espera.
Nesse meio tempo, assassinaram dois extrativistas, aumentando a inglória lista de mortos no campo, que se torna ainda mais vergonhosa porque a maioria desses crimes acaba sem punição (notadamente dos mandantes) e porque são mortes anunciadas, desvelando a omissão do poder público em proteger pessoas ostensivamente ameaçadas.
Agora morrem duas crianças prematuras na porta da Santa Casa de Misericórdia, o que remete à morte de mais de duas centenas de bebês em 2008 e se soma a outros episódios trágicos naquele mesmo hospital e no Pronto Socorro, evidenciando o descalabro em nossa saúde pública.
Como se tudo isso não bastasse, as propostas de divisão do Estado demonstram a falta de identidade do povo, o atraso histórico de muitas regiões e o descaso governamental crônico. Quando a campanha esquentar de verdade, não duvide que haverá pancadaria nas ruas.
Esses são os temas por meio dos quais o Brasil tem tomado conhecimento do Pará. Está bom ou quer mais?
Em tempo: O Jornal Nacional no Ar já pousou em Belém para fazer uma reportagem sobre o assunto.
Jornalistas gravam reportagens e dificultam o trânsito em frente à Santa Casa de Misericórdia. |
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