Custa-me crer que, em pleno ano 2011, ainda haja países de grandes proporções no mundo que sustentem uma estrutura de poder antidemocrático semelhante às grandes ditaduras que, não à toa, passaram à História, porque não sobreviveram. Mas é assim que vive o imenso paradoxo chamado China, que se diz uma comunista tradicional, mas desenvolve uma economia com todos os elementos crueis do capitalismo, como a concentração de renda, a miséria de amplas parcelas da população e até a exploração do trabalho em circunstâncias, digamos, não exatamente livres.
De permeio, o patrulhamento ideológico diuturno e enlouquecido, que impede o cidadão chinês de escutar certas músicas, ver certos filmes, acessar certos conteúdos na Internet. Tudo em nome da autoridade do governo ou do partido ou, o que é ainda mais alucinado, em nome de políticas de higienização mental hoje quase inacreditáveis. E tudo acontece agora, neste momento, como no caso dos filmes brasileiros vetados num festival de cinema... brasileiro!
O negócio é tão radical que, se os censores chineses tomassem conhecimento deste humilde blog paraense, vendo esta postagem, eu estaria automaticamente proscrito. Eles já não gostam muito de blogueiros. Minha sorte é que não pretendo visitar aquele país, mesmo...
Aliás, não é a primeira vez que escrevo coisas que não soariam bem para o governo chinês.
2 comentários:
Por prudência, aconselho também a não pedir nada do China in the box...
Abs
O pior, Edyr, é que eu adoro a comida deles. É o único fast food de que eu realmente gosto.
Se serve de consolo, o China in Box é uma rede genuinamente brasileira, criada em São Paulo em 1992.
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