terça-feira, 9 de junho de 2009

Pangolim

Uma notinha na imprensa, a respeito de um filhote encontrado numa estrada em Bangcoc, na Tailândia, apresentou-me a esse animal que você vê na imagem (que mostra o tal filhote rejeitado pela mãe, sendo alimentado com mamadeira). Trata-se de um pangolim, de aparência tão curiosa (tem o corpo recoberto por escamas córneas único mamífero com essa característica) que me levou a querer saber mais sobre o animal do qual nunca antes ouvira falar.
Fácil perceber que o pangolim (Manis spp.) é um mamífero, por suas características externas. Dá para perceber os pelos ao longo do seu corpo. Originário de regiões tropicais, notadamente na Ásia e África, preferindo florestas densas e savanas, divide-se em sete espécies. Segundo o Saúde Animal, as maiores espécies alcançam cerca de um metro e 18 quilos, podendo viver 20 anos. A gestação dura cinco meses e produz um ou dois filhotes de cada vez. Seu temperamento é dócil. Chineses e hindus o chamam de "peixe da floresta".
As mãos e a forma como o animal se agarra às árvores lembra o nosso bicho-preguiça, mas a cabeça alongada está mais para tamanduá. E tamanduamente o desdentado pangolim se alimenta de formigas ou cupins, enfiando sua língua pegajosa nos formigueiros e cupinzeiros. Segundo a nossa boa e velha Wikipedia, "trata-se de um caso de evolução convergente, em que espécies de grupos distintos evoluíram para morfologias semelhantes" mas esta afirmação é feita em relação ao ouriço-cacheiro, que se comporta de maneira semelhante, enrolando-se quando se sente ameaçado. Mas isso os tatus também fazem. Há, portanto, semelhanças interessantes entre os exóticos de lá e os exóticos daqui, que para nós não são exóticos, claro.
Os animais daqui são consumidos como alimentos. Para os interioranos, muitas vezes se tornam uma questão de sobrevivência. Mas muita gente que não depende disso adquire, por hábito, o gosto por comer carne de caça. Uns e outros restaurantes já entraram na mira do IBAMA por causa disso. Com o pobre pangolim a situação não é diferente, com o detalhe de que suas escamas são consideradas afrodisíacas (orientais adoram esse papo de afrodisíaco), o que os torna alvo até de traficantes.
O arcabouço da minha enguinorança acabou de se reduzir um pouco.

4 comentários:

Lafayette disse...

Égua, li rápido... parecei pingolim!!! rsrsrs

É que não ligeui o nome a pessoa! rsrsrs

Que bichinhozinho estranho, né?!

Artur Dias disse...

Conhecia o pangolim de uma enciclopédia chamada "Naturama", publicada nos anos 70, e que meu pai colecionou. Apresentava a fauna de todos os mares e continentes, conforme o bioma. Muitas e ricas ilustrações, com os surpreendentes bichos da Ásia, por exemplo. Tinha um bicho chamado "babirussa", que nada tem a ver com uma versão eslava daquela atriz da Record. É um maífero primitivo, semelhante a um javali, com quatro presas inferiores que saíam pelos lados da boca. Era mais aparentada da anta que dos javalis. E soube, recentemente que as babirussas eram tão raras que praticamente eram desconhecidas no resto do mundo (exceto para os leitores de Naturama). São animais belíssimos, os da Ásia, e ao mesmo tempo ameaçados pela destruição ambiental que eles fazem questão de exportar pra cá.

Arthur Laércio Homci disse...

Lembra o cachorro-peixe, do comercial do Fox (acho que é esse carro).

rs

Abraços,

Nádia Dias disse...

Eu li sobre o pangolim na enciclopédia Os Bichos, da Abril, nos anos 70...e atualmente teve uma matéria sobre ele na Animal Planet...só não sei como é que a pessoa consegue comer, sem ser para sobrevivência, uma coisa dessas, um tatu bola, um tatu peba, jacaré, cobra e o escambau...acho isso barbarismo. Não sou vegetariana, nem nada, mas pra que comer bicho do amto, se no açougue tem carne? Tara fraca, véio.
abraços.