Prosseguindo em meu passeio pelas novas imagens da cidade trazidas pelo Google Earth versão 5.0, fui visitar um dos ícones reveladores do que tem sido a administração desta combalida cidade desde 2005.
Eis aí o empreendimento batizado com um nome grandiloquente, quase histérico: o Porrrtal da Amazônia (sons de bombardones!). Para fazer jus ao que a coisa efetivamente é, melhor seria que o chamássemos de Aterrinho do Dudu. Afinal, são apenas 800 metros de aterro hidráulico e uma extensão menor ainda de asfalto, posto a toque de caixa, juntamente com umas gangorras e aquele brinquedinho metálico de subir, dias antes das eleições do ano passado, para dar a impressão de que a obra já rendera uma longa orla urbanizada e completamente aberta ao uso público. Mentira e papo furado, como tudo o que produz a prefeitura há mais de quatro anos. Quero ver alguém ter coragem de ir dar um passeio lá, com a família, sobretudo após o sol se por.
E como não poderia deixar de ser, faz tempo que a obra em questão está absolutamente parada. Aliás, como todo o governo municipal. Só serviu mesmo para os especuladores imobiliários de São Paulo chegarem aqui, comprarem um terreno, lançarem um ultramegasuperhiper empreendimento de cara para a Baía do Guajará, onde os ricos e sofisticados iriam morar. Depois a construtora deu o pinote e deixou um abacaxi maior do que o aterro nas mãos de uma importante corretora imobiliária da cidade. E consumidores de coração na mão, claro.
Tão Belém...
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