Uma interessante matéria fala sobre como surgiram os nomes das favelas — digo, comunidades! — do Rio de Janeiro. Surpreende que haja poesia e tanta história nesses nomes, muito longe do cotidiano de carências dessas populações. Mas nem deveria surpreender tanto. Afinal, a quem falta o mínimo para viver, restam as emoções à flor da pele.
Mas isso não é necessariamente uma regra. Poderíamos fazer um estudo semelhante aqui em Belém e, decerto, teríamos revelações curiosas. Por outro lado, infelizmente, teríamos que nos deparar com o provincianismo extremo destas paragens, com uma bajulação bovina, onde a glorificação dos governantes do momento interfere na paisagem local. Eis o que explica a existência de uma "Jaderlândia" ou de uma "Almir Gabriel", degradação do que começou se chamando "Che Guevara" — que sob a premissa de luta por moradia, fazia algum sentido. Há outros exemplos, mas prefiro esquecê-los.
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