segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Leatherface amazônico


Você conhece esse sorrisão aí ao lado? Trata-se do ex-deputado federal pelo Acre Hildebrando Pascoal, que ficou famoso por resolver suas desavenças, digamos assim, cortando o mal pela raiz.
Acusado de comandar um grupo de extermínio no Acre entre 1995 e 1999, já se encontra condenado por diversos crimes a penas que somam 80 anos de reclusão. Somente agora, contudo, após 13 anos, ele será julgado por seu crime mais famoso: matar um desafeto cortando seus membros com uma motosserra, após uma sessão de tortura.
A descoberta e ampla exploração midiática das atividades paralelas de Pascoal provocou um constrangimento tão grande no Congresso Nacional que aquela impoluta casa foi obrigada a mexer num setor polêmico e sempre questionado: o da imunidade parlamentar. Claro que os congressistas não gostariam de mexer nisso, mas na perspectiva de dar os aneis para conservar os dedos, acabou sendo aprovada a Emenda Constitucional n. 35, de 2001, que restringiu essa combatida prerrogativa.
Tratando de imunidade parlamentar, em sala de aula, na semana que passou, citei Pascoal. Houve quem risse quando falei da motosserra. Muito jovens, alguns alunos podem ter pensado que eu estava brincado. Quem dera. Vejam aí, garotos: o cara existe.

2 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Um senhor muito simpático, já regenerado, que deixou esse negócio de matar com motosserra. Espirrava muito sangue...

Yúdice Andrade disse...

Deixou porque foi preso. Ganhou mais 18 anos para meditar sobre a vida.