Ontem à tarde, durante a forte chuva que caía, uma vizinha saiu à rua, desesperada. Um vigilante e um outro morador foram em seu socorro. Motivo da agonia: alguém ao telefone dizia à mulher que seu filho fora sequestrado e exigia resgate para não o assassinar. O velhíssimo golpe do falso sequestro continua fazendo vítimas e, com todo o respeito, muito me surpreende que alguém ainda caia nele. Mas cai.
O vizinho teve a presença de espírito de pegar outro telefone e ligar para o filho da aflita senhora, conseguindo falar com o rapaz que, claro, estava muito bem. Ao informarem isso, reação do outro lado da linha: o cara disse algo como "A gente já percebeu que ligou para o número errado. Até já soltamos o cara!"
Pode? Já soltaram o cara. Só rindo, mesmo. Do criminoso, não da vizinha, que passou um sufoco danado.
Detalhe: ligação originada em localidade com código DDD 21.
3 comentários:
Yúdice
Qualquer um de nós, dependendo do momento e da vulnerabilidade, pode cair no golpe. Basta ter 2 filhos "saideiros" e estar longe de casa. É a receita.
Quem não tem filhos, não cairá.
Não há portanto, em minha opinião, razão para se supreender com quem cai nesta maldade pura.
Abs
Bem dito: "ainda me surpreende que alguém caia nele".
Minha afirmação não é valorativa. Não critico quem cai no golpe, mas realmente me surpreendo como ele continua funcionando, mesmo após tanta exploração midiática e - até mais importante do que isso - conversas boca a boca entre as pessoas, mesmo as mais excluídas do universo tecnológico.
Impressiona-me como certas pessoas primeiro se apavoram, sem se dar chance de refletir sobre as alegações do falso sequestrador, muitas vezes implausíveis. Mas tudo bem: se um dia acontecer com minha mãe, tenho certeza que ela cairá. Mesmo eu já tendo conversado com ela a respeito.
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