Uma festa só

O jornalista Guilherme Augusto, em sua coluna de hoje no Diário do Pará, publicou três notas sob o título "Congresso do barulho", comentando que os organizadores do 64º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia — respeitadíssimo evento da área médica, com inscrições em valor de quatro dígitos, antes da vírgula —, a ser realizado durante este final de semana no Hangar, não contavam com uma concorrência duca: o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia — aquele evento anunciado na cidade através de outdoors exibindo uma bela jogadora em posição de manchete, com a logo do Banco do Brasil estrategicamente localizada em seu uniforme.
O circuito esportivo poderia ser realizado em Mosqueiro, mas alguém achou que seria injustificável desperdiçar as areais do estacionamento do Hangar, que por sua vez não precisa de tantas vagas (que o digam os congressistas).
O jornalista aposta que o congresso científico perderá a quebra de braço. Mas eu penso que areia e dermatologistas têm tudo a ver. Os organizadores do circuitão podem, inclusive, encher a arena montada no Hangar com a famosa larva migrans (ou bicho geográfico, que desenha mapas sob a pele da pessoa infectada) e pedir um workshop especial, um estudo de caso ou um programa do tipo Medicina vai às ruas para os dermatos presentes.
Convenhamos, pode ser uma grande confraternização!