Dois dias consecutivos em que precisei sair à tarde — anteontem e ontem — mostraram algo que é, ao mesmo tempo, bom e mau.
O lado bom é que se constata que Belém é mesmo uma cidade bastante aprazível. É gostoso passar por suas ruas cheias de árvores, com a luz do sol passando à nossa frente em raios, qual uma pintura. Dá gosto de morar aqui.
O lado mau é que essa sensação somente pode ser experimentada em brevíssimos momentos, ao cair da tarde e no mês de julho. O horário provoca a redução do calor desumano e humilhante que faz aqui quase o tempo e que, a meu ver, retira qualquer prazer que se poderia ter em passear pela cidade. Quanto ao mês de julho, Belém esvazia e podemos ter alguma tranquilidade, nas calçadas, no trânsito. Até os índices de criminalidade caem. Uma maravilha. Lamentavelmente, acabam as férias e volta todo aquele inferno.
Aí o jeito é esperar um feriado prolongado (não é garantido), as próximas férias ou então a copa do mundo, mas esta é só de quatro em quatro anos. Não entendeu? É que durante os jogos da copa, enquanto todos se grudam nos televisores, eu saio por aí, sem rumo, fingindo que estou numa cidade fantasma. E adoro. Daqui a dois anos, Júlia vai comigo.
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