segunda-feira, 7 de julho de 2008

Quem é ela

Você sabe quem é esta senhora?





Seu nome é conhecido em todos os cantos do país (e até fora dele). Somente pessoas em grave situação de inacessibilidade à informação não conhecem esse nome, que em algum momento já foi citado por pessoas de todas as classes sociais. Por você, que lê blogs, com certeza. Olhe bem. Ela é cearense, biofarmacêutica e atualmente tem 61 anos.
Ainda não sabe? Então tentemos uma imagem mais reveladora:




Ao lado do Presidente Lula e da Ministra Ellen Gracie, na época da fotografia presidente do Supremo Tribunal Federal, em uma solenidade na qual ela teve o privilégio de usar da palavra, na presença de duas das maiores autoridades da nação. Notou a cadeira de rodas?
Acertou quem pensou em Maria da Penha Maia Fernandes, cujo prenome composto passou a designar a Lei n. 11.340, de 2006, um dos mais conhecidos (e polêmicos) diplomas normativos em vigor no país, hoje. Tornada ícone da luta pela defesa dos direitos das mulheres, está de volta aos noticiários — desta vez porque no dia de hoje, finalmente, receberá do Estado do Ceará uma indenização pelas violências sofridas a partir do ano de 1983, por seu ex-marido, Marco Antônio Heredia Viveros. Foram somente 25 anos para se chegar até aqui e a indenização, de apenas 60 mil reais, não remedia sua paraplegia, nem se aproxima dos valores pagos por danos às vezes bem mais insignificantes.
Somando-me ao pensamento do amigo Fred Guerreiro, que outro dia postou contra a justiça tardia, não direi que este acontecimento faz justiça. Direi, apenas, que ele concede um pouco de satisfação às pessoas que almejam ver nosso mundo, ou ao menos nosso país, alguma coisa livre da barbárie.

Saiba mais:
http://itodas.uol.com.br/portal/final/materia.aspx?canal=588&cod=1554
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=519327

Novo aviso às mulheres, em 9.7.2008:
Sempre que posto alguma coisa sobre os direitos das mulheres, aparece alguém sustentando que elas têm mais é que pegar porrada. Desta vez não foi diferente. Vocês realmente sabem com que tipo de homem (de macho, seria melhor dizer) estão se relacionando?

3 comentários:

Anônimo disse...

Yúdice,

Aproveito o gancho da defesa dos direitos das mulheres para fazer um questionamento instigante e intrigante:

POR QUE ALGUMAS MULHERES GOSTAM DE MÚSICAS QUE DEPRECIAM O SEXO FEMININO?

EXEMPLO:
"As mulheres perdidas são as mais procuradas
Eu vou procurar e vou encontrar
Se tem tantas mulheres perdidas assim
Na calcinha preta tem uma pra mim

Dá uma gemidinha... Ai!. Eu sou safadinha
Se você quiser eu tiro a calcinha

Ai, Ai, Ai, Ai, eu vou te dar
Uma calcinha preta pra você me amar"

Trecho de "Mulheres perdidas"
Banda Calcinha Preta


Não sou fã de músicas desse (baixíssimo) nível, mas já pude constatar que uma expressiva parcela do público de forrós depreciativos (senão a maior) é composta por integrantes do sexo feminino.

Isso é estranho... muito estranho...

O que leva uma mulher a curtir uma música que a coloca na condição de total submissão diante do homem e da sociedade em geral?

Isso realmente é muito estranho. Pior ainda é observar que as mulheres aceitam esse tipo de “música” de forma impassível.

Onde estão os direitos femininos, pelos quais as mulheres tanto lutaram? Eu não sei responder.

Um abraço!

Adelino Neto

Anônimo disse...

Quando eu ouvi a respeito também achei uma quantia em demasiado baixa. Inclusive fiquei sem entender o porquê. Confesso ter lembrado de quem se tratava apenas na segunda foto.
Ri quando li o comentário acima rs mas acredito que essas pessoas nem pensam no que representam as letras de músicas “desse tipo”.
Professor há algum tempo li um texto seu sobre as aulas e fiquei de escrever minha opinião sobre, mas não lembro o que me distraiu e acabei deixando pra depois. Mas o que eu gostaria mesmo de sugerir, era que o senhor pensasse nas nossas aulas de dependência e tentasse encaixar o perfil nas turmas durante a semana, sei que a disponibilidade de tempo é pequena e as turmas são maiores, mas acho que assuntos que possam ser discutidos, debates, opiniões, sempre facilitam o aprendizado. Acredito que um aprende com o outro e não só com o professor e isso estimula bastante a pesquisa, afinal, convenhamos, alunos são competitivos :)

Yúdice Andrade disse...

Adelino, como já sabes, tua provocação virou uma postagem nova. Grato pela sugestão.

A indenização, Marcela, foi determinada porque o Estado do Ceará foi considerado omisso na punição do agressor. Portanto, o Estado não está sendo punido pela extensão dos danos sofridos pela vítima, pela violência em si, que é a primeira coisa que nos passa pela cabeça.
Minha cara, de bom grado receberei o texto que pensaste em escrever e que, espero, ainda será produzido. Terei prazer em transformá-lo em uma postagem nova.
Aliás, fiquei intrigado com a tua afirmação sobre a competitividade dos alunos. Estou matutando a respeito, para escrever depois.