segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Marcha lenta

Se alguém por aí conhecer os proprietários do Hospital Saúde da Mulher, por favor diga a eles que ampliar drasticamente a estrutura física e criar novas opções de serviços é ótimo, mas não adianta muito se não vier acompanhado de qualidade no atendimento ao público.
Na manhã de ontem, minha mãe passou mal e quase desmaiou. Levei-a à emergência daquele hospital, onde a recepção demorou mais de meia hora somente para admiti-la (receber os documentos, consultar o plano de saúde e imprimir a guia). Pondere que, enquanto esses procedimentos não são concluídos, o paciente oficialmente não está na fila de espera do médico. Nunca antes vi tamanha ineficiência. Acostumado que sou a acompanhar meus doentes, posso assegurar que até o Porto Dias (o SUS com piso de mármore) funciona melhor. O Hospital Adventista de Belém, em duas ocasiões distintas, foi primoroso. Ainda que fosse tarde da noite, com menor procura, o atendimento foi imediato. Bastou o atendente encontrar o nome de minha filha no banco de dados, autorizou sua entrada, enquanto eu finalizava os trâmites. Ou seja, priorizou o atendimento sobre a burocracia, como deve ser. O Hospital Guadalupe foi muito mais rápido para internar meu irmão para uma cirurgia (menos de dez minutos).
No final das contas, levamos uma hora até o médico chamar minha mãe. Isso porque era na emergência. Um senhor idoso, que chegou com falta de ar, foi atendido em alguns minutos, mas por séria insistência de parentes.
A sala de espera não estava muito cheia e a maioria das pessoas ali já fora admitida. Por conseguinte, excesso de procura não explica nada. Nem sequer a pintura do espaço, que estava sendo refeita naquele momento. Os dois funcionários que nos recebiam eram insuportavelmente lentos, andavam de um lado para o outro, faziam pausas entre uma tarefa e outra. Quando a funcionária enfim pegou os documentos de minha mãe, passou um tempo enorme consultando sei lá o que na tela do computador. Honestamente, a impressão que me passaram era de não saber exatamente o que faziam.
Graças a Deus, minha mãe teve apenas uma crise de hipoglicemia e se recuperou bem. Aliás, recuperou-se antes mesmo de ser atendida. Se fosse coisa mais séria, sabe-se lá como teria sido.
O elogio fica para o vigilante que nos recebia na porta: um primor de educação e gentileza.

7 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Tenho escutado muitas reclamações desse hospital e o daquele outro famoso plano de saúde lá da Doca. Dizem estarem pior que a fila do SUS. E sabe qual o hospital que mais têm sido elogiados por renomados médicos? Beneficente Portuguesa. Velhinho mas muito bem equipado e eficiente no atendimento.

Anônimo disse...

tem q dá umas anfetaminas pros atendentes ficarem mais ligados

Yúdice Andrade disse...

Precisamos ter para onde correr, Fred. Tenho cá as minhas resistências em relação à Beneficente, por situações vividas lá por conhecidos meus. No entanto, isso já faz tempo e é bom pensar que o hospital investiu em melhorias. Tomara que esteja à altura das necessidades de Belém, que não são poucas.

Acho que um cafezinho e um pouco mais de humanidade já resolveriam o caso, das 16h10.

Anônimo disse...

Não estás enganado. O atendimento deste hospital é de péssima qualidade

Yúdice Andrade disse...

Minha mãe utilizou os serviços desse hospital diversas vezes, sem maiores problemas, o que me passou a impressão de que tudo corria bem lá. Lamento saber que não é bem assim.

Anônimo disse...

Pensava que estava sozinho no mundo ao pensar essas coisas desse hospital. Tive um familiar que teve que ser internado, a burocracia era tão grande que tive que me dividir com mais uma pessoa para darmos conta de resolver tudo em tempo hábil para não agravar a saúde da paciente. do que adianta tanto prédio sem seres humanos para pensar?^

Yúdice Andrade disse...

Sozinho, das 19h08? Pelo visto, o nosso time está crescendo.Já somos quatro. Quatro em uma única postagem é um mau sinal...