segunda-feira, 9 de julho de 2007

59ª Reunião da SBPC

Passados vinte e cinco anos, a Reunião Anual da SBPC volta a Belém. A Amazônia ainda aguarda uma resposta para as duas perguntas então formuladas: existe um Projeto de Nação que a inclua? Seríamos uma Nação sem a Amazônia?

Assim começou a apresentação oficial da 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, aberta ontem à noite em Belém. Trata-se do evento científico mais importante do país, que tive a oportunidade de visitar no ano passado, em Florianópolis.
Basta um passeio por entre os cartazes que expõem as linhas de pesquisa pelo Brasil afora para ver quanta coisa boa, útil e importante está sendo feita nas universidades, a despeito da crônica desatenção que as mesmas têm recebido, mormente as públicas.
É da tradição dessas reuniões serem realizadas na sede da universidade anfitriã. Desta vez, a UFPA cede alguns espaços, mas a sede oficial é o Hangar. Desculpem, mas acredito que a explicação é mesmo a falta de infraestrutura no campus do Guamá. Não há condições de receber um evento desse porte lá. Pode ser impactante quanto à beleza natural, mas basta uma rápida comparação com a UFSC para perceber que passaríamos uma vergonhazinha se o evento ocorresse no campus.
A conclusão, claro, jamais poderia ser um achincalhe, e sim a necessidade imperiosa de investir ao máximo na nossa UFPA, inclusive no que tange à infraestrutura.
A programação do evento é muito extensa, por isso resta inviável reproduzi-la aqui. Mas você pode acessar a página oficial.
E não deixe de visitar: é uma oportunidade única.

2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Randol,

Também tive a opotunidade de estar no ano passado na 58ªSBPC e posso te garantir em função de ter vivido com ânimo definitivo por quase 10 anos na região sul, que o apuro com limpeza e jandins faz parte da cultura local.Realmente isso não justifica a falta de um auditório compatível por exemplo. Apesar de muito ter sido feito em termos de infra-estrutura os canteiros floridos por enquanto serão compensados pela beleza paisagem que nos é oferecida no campus.Todavia, depois da Puc-Rio foi a primeira universidade interligada totlmente com rede de fibra ótica, vc imagina o investimento dada a extensão do campus? isso é infra-estrutura de primeiro mundo. Agora com recursos escassos , há de se fazer escolhas . E, pelos resultados, tudo indica que essa escolha foi em favor do aperfeiçoamento dos recursos humanos. Por exemplo , os programas de Pós-Graduação do NAEA e da Psicologia Experimental tem nota 6 na avaliação da CAPES, a geologia 7 , para não falar esquecer que a maioria dos programas de Pós´-Graduação estão avaliados na média nacional(5). Há ainda o bom desempenho da área de propriedade intelectual(estamos com um número bem razoável de patetes),além do museu da ufpa, apenas para citar aquilo que há demais visível. Eu sei que não houve a intenção de reduzir a UFPA à sua infra-estrutura, que realmente está muito aquém dos seus recursos humanos e da beleza natural do seu entorno. Mas achei importante sublinhar isso , posto que é justamente o citado descompasso que lhe empresta à UFPA a dimensão da utopia, ao continuar apeas de condições adversas , a transmitir e criar conhecimento em terras tão inóspitas.
graça campagnolo

Yúdice Andrade disse...

Prezada Graça Campagnolo, muito obrigado pelas informações tão valiosas que foram apresentadas. É isso que considero indispensável levar ao conhecimento da sociedade, para que as pessoas parem de sonhar histericamente com o mundo de fora, como se nada houvesse aqui de bom. Há muita coisa boa, precisando de mãos firmes para melhorar ainda mais. Um abraço.