CFO e os Regionais do Distrito Federal e de Goiás participaram dia 21 de junho, na Câmara dos Deputados, de Audiência Pública sobre a conveniência de uma lei geral sobre a exigência de exame de proficiência para o exercício profissional. Realizada na Sala de Comissões da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Fernando Coruja (PPS-SC), a audiência foi realizada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e reuniu diversos parlamentares, além de entidades odontológicas e conselhos profissionais. Os participantes discutiram a conveniência de uma lei geral sobre a fiscalização que é feita pelos conselhos profissionais e a exigência de exames de proficiência como condição para exercício profissional. As entidades odontológicas se posicionaram contra o exame de ordem, por entenderem que a responsabilidade pela abertura de faculdades é do Ministério da Educação e considerarem injusto que um estudante seja reprovado após freqüentar uma graduação por cinco anos. Por outro lado, as entidades são favoráveis a realização de uma reciclagem a cada 5 anos, devido aos avanços tecnológicos. Segundo o vice-presidente do CFO, Ailton Diogo Rodrigues, “não será através de um exame de ordem que saberemos se o egresso da faculdade está ou não preparado para o mercado, mas sim pela avaliação criteriosa tanto em relação à abertura de novas faculdades como sobre as já existentes. Os conselhos de Odontologia não podem e não devem assumir uma responsabilidade que deveria ser do MEC”.
Dia desses, eu e um comentarista fomos criticados, aqui no blog, por sermos favoráveis ao exame de Ordem e não apresentarmos argumentos comprobatórios de sua conformidade à Constituição Federal. Por isso, fiz questão de publicar a notícia acima, cuja premissa é a mesma alegada no caso da advocacia. Vamos ver se consigo deixar os opositores do exame um pouco mais assanhados.
2 comentários:
Sou Dentista com 6 anos de profissão. Posso afirmar com toda a certeza que a maioria de nos dentistas somos plenamente a favor do exame. Este posicionamento também inclui os próprios alunos.
A Odontologia esta virada em um caos a qual nossas entidades não dão a mínima e estão apenas interessa em angariar as anuidades.
Qualquer duvida entre em uma comunidade do orkut que você mesmo constatará o que eu digo.
A demais, acho que esta prova não deveria apenas se limitar aos recém formados e sim ser aplicada para todos os profissionais. Eu não tenho medo desta prova...
E digo mais, tenho colegas que já estão tentando o exame da OAB a mais de 4 anos assim como tenho outros que fizeram o exame e logo na 1° vez que tentaram, passaram com excelentes notas.
Portanto acho que aquele que estudou e se dedicou bastante durante seus anos de escola, não precisa ter medo do exame. Já para aqueles que passaram mais tempo no boteco do que na faculdade, com estes o exame será mais justo...
Seu depoimento, caro anônimo, comprova que nem sempre as nossas entidades de classe representam, de fato, os anseios e necessidades de seus integrantes. A nota que publiquei se refere ao CFO e mais duas regionais, porém não menciona o pensamento da classe. Será que os dentistas realmente concordam com a inexistência do exame?
Suas palavras me deixaram muito satisfeito, especialmente por pensar que os próprios acadêmicos, que seriam os supostos "prejudicados", concordam em se submeter à proficiência.
Muito bom. Isso nos dá algum alento.
Postar um comentário