quinta-feira, 5 de julho de 2007

Resgate de turistas

Em resposta a um comentário bastante gentil do leitor que se assina a.coutinho, sobre a capacidade de Belém para tratar condignamente os turistas — após a morte e roubo de uma, oriunda de São Paulo —, faço estas considerações iniciais, que podem ser mais bem desenvolvidas oportunamente.

Na época em que estudei na Casa de Estudos Germânicos, um de meus professores, brasileiro, contou-me que, no tempo em que morou na Alemanha, houve uma oportunidade em que aceitou um convite para esquiar nas montanhas. Inexperiente, caiu e machucou a mão. Eu disse machucou e não quebrou. Mesmo assim, foi resgatado de helicóptero e levado a um hospital, sem ônus.
Evidentemente, não temos forças para esperar algo tão sofisticado assim em nossa cidade. Mas não precisamos estar tão abaixo da linha da crítica.
De fato, Belém pode se converter num calvário para uma pessoa que não saiba deslocar-se por ela. Ruas sem placas de identificação ou de sentido do trânsito, carência de informações sobre a localização de hospitais, falta de quiosques turísticos reamente acessíveis, engarrafamentos frequentes — tudo conspira contra a pessoa numa situação de necessidade.
Em mais de uma ocasião comentei aqui que Belém é uma cidade com vocação turística que não sabe o que fazer com essa vocação. E enquanto não tivermos a menor ideia, vamos perder esse potencial, principalmente se notícias como essa, da morte da turista, forem muito divulgadas. Aí não tem propaganda governamental que dê jeito.

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