Meninas portuguesas oferecem sexo virtual em salas de chat em troca de recargas de celular, informou hoje o jornal português Diário de Notícias. O jornal destaca que em qualquer sala de bate-papo aberta a todo o público é possível ler propostas como a da menina de 14 anos que usa o nome "Dina": "Oi a todos. Faço`sexophone´ através da câmera do celular, mas apenas se me derem carga para o telefone".
Com uma linguagem na qual se omite boa parte das letras, praticamente indecifrável para aqueles que não estão acostumados a freqüentar estas salas da web, as menores se oferecem em troca de poucos euros que possam aumentar a vida útil de seus celulares.
Renato Montalvo, um dos autores de um estudo a respeito, afirmou que há "meninas de 14 anos que fazem sessões de striptease e masturbação em frente a webcams ou câmeras de celular para desconhecidos, em troca de cargas de celular no valor de 10 euros".
Depois do contato inicial no chat, o pagamento da recarga é realizado via Internet. Quando a menor recebe a mensagem de que há mais carga em seu aparelho, de acordo com a quantia combinada, dá início ao "espetáculo". Há ocasiões em que o cliente exige uma pequena mostra da exibição, antes de pagar, para comprovar o "valor do material".
Os autores do estudo gravaram centenas de diálogos entre jovens e pretendem que, junto ao estudo, sirvam de alerta aos pais, que desconhecem que suas filhas se oferecem nestas páginas de "papo livre".
Provavelmente, se mencionassem a palavra "prostituição" a alguma dessas "Dinas", ela se ofenderia muito. Acredito que ela pense tratar-se de outra coisa. Mas aprendi que oferecer vantagens sexuais, de qualquer espécie, em troca de vantagens, especialmente as pecuniárias, constitui prostituição. E, convenhamos, dez euros valem muito mais do que os dois, três reais que muitas coitadas cobram ali pelas bandas da Cidade Velha. A pouca idade também é um ponto em comum.
A diferença está no fato de que as meninas a que alude a reportagem têm condições de vida bastante favoráveis. Possuem famílias, lares, acesso à tecnologia, etc. Expõem-se dessa forma a troco de quê? Seria a mesma lógica das universitárias (ou que ao menos assim se dizem) brasileiras, que usam o corpo como meio de bancar roupas caras, jóias, badalação? E ao se expor dessa forma, podem tornar-se os alvos preferenciais de todo tipo de sociopata?
Há muito que orientar os pais. Mas, acima de tudo, orientar os jovens. Jesus Cristo, o que fizeram dos bons valores de outrora?
2 comentários:
A tecnologia não fez nada com ninguém, irmãozinho. Um carro veloz não é culpadopelo motorista alcoolizado, nem a internet pela pedofilia e racismo e outras pragas que assolam o mundo.
Há que se pensar nas pessoas. Na educação que recebemos de pais cada vez mais ausentes. Na cultura de massa que nos padroniza. Na dificuldade de acesso a boa educação acadêmica e na facilidade de alcançar todo tipo de tolice, superstição e frivolidade.
A resposta está exatamente no final do texto: valores, respeito, atitude. E esse Jesus Cristo que citas é exatamente o modelo que precisamos!
Que saibamos ouvi-lo mais, que diariamente ele nos fala.
Figuras de linguagem, caro irmão. Figuras de linguagem. Evidentemente, não é a tecnologia que faz isso ou aquilo, e sim nós, seres humanos, que fazemos coisas boas ou más graças a ela.
O sentido do texto era mostrar como a tecnologia abre às pessoas possibilidades novas, que infelizmente se banalizam e descambam para o vício e a maldade. Daí que a conclusão do texto mencionava a importância de orientar os jovens, a fim de que os mesmos possam estar mais aptos a usufruir das comodidades que o mundo atual proporciona. E a fugir do que não presta.
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