terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

49 anos


O Comandante renuncia após 49 anos governando Cuba com pulso firme. Cede às injunções do tempo e do corpo — dois fatores implacáveis. Espera-se que o novo presidente seja o irmão, que já governa interinamente. Mas pode ser que seja o vice-presidente, de fora da família, o que aumentaria o sentimento de descastrização do governo.
O mundo está mudando.

3 comentários:

Aldrin Leal disse...

Ele tá meio Carmem Miranda nesta foto, não?

Sergio Lopes disse...

Bonito seria yudice, se o comandante Fidel convoca-se eleições livres e liberta-se o povo cubano do seu jugo e cabresto que já leva quase meia decada. Porém, seria muito pedir isso ao ilustrado senhor revolucionário, que enquanto vivia e vive nababescamente , em um longo período as custas da União sovietica e atualmente do turismo explorativo da ilha, desse ao povo o livre arbitrio de decidir seus destinos e oportuniza-se aos melhores e mais competentes o direito de usufruir materialmente de tais qualidades.
O capitalismo e selvagem amigo yudioce, mas nele vence o melhor e as oportinudades senão são iguais ao menos em nosso caso possibilitam que um tornero mecânico através de eleições livres, vire presidente do país , pro bem ou pro mal é agraciada a vontade da maioria.Alias já dizia Churchil, grande heroí inglês da 2a guerra, a Democracia é muito ruim mais ainda não inventarem regime de governo melhor. Abraço.

Yúdice Andrade disse...

Não tinha percebido, Aldrin, mas depois que falaste achei curiosa a combinação da mão e da imagem ao fundo. Escolhi a foto justamente por causa de El Che.

Sergio, já declarei antes que, apesar de ser despreparado para Ciência Política, não vejo com bons olhos o modelo adotado em Cuba - e mantido hermético, quando possível, ao longo de décadas. Um regime que precisa sustentar-se em restrições à liberdade individual não pode ser um bom regime - e isso inclui o nosso, que nos faz livres na Constituição, nas instituições e nas teorias, mas nos escraviza na prática, pela pobreza, falta de educação e acesso aos bens da vida.
Todavia, não concordo que o capitalismo favoreça a vitória dos melhores (aliás, que diabo é "melhores"?), muito menos que favoreça oportunidades iguais. Quantas pessoas se fixam no mercado de trabalho por conta de sobrenomes e favorecimentos, sem ter qualquer competência? E como se pode falar em oportunidades iguais, se o vestibular, a rede de saúde, os meios de transportes e muitas outras coisas provam o contrário?
Concordo que é excelente um país permitir que um torneiro mecânico vire presidente da República. Considero isso um indicativo de civilização. Mas não adianta se o indivíduo em questão, eleito, se render aos ditames tradicionais do capitalismo.
Enfim, a liberdade é melhor do que modelos que a cerceiem. Mas o capitalismo é melhor do que o quê?