sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dando o exemplo

“[O STF] está demonstrando para outros tribunais que eles também podem ampliar esse projeto, dar um voto de confiança para nós. Quando a pessoa está fora do sistema, está em liberdade e adquire um voto de confiança desses, com certeza não vai pisar na bola. É uma chance ímpar, uma chance única.”

Este é o depoimento de um dos oito primeiros indivíduos com condenação criminal contratados pelo Supremo Tribunal Federal para serviços administrativos. Aquele tribunal começou a implementar programa de recepção de pessoas condenadas a penas em regime aberto ou semiaberto, para estimular a ressocialização das mesmas e espera que a mesma iniciativa seja tomada pelas demais cortes.
Isso é fazer, não falar, muito menos esperar acontecer. De parabéns o STF que, num momento em que recebe vergastadas de quem critica suas últimas decisões penais, mostra seu compromisso com o aprimoramento da situação prisional no país. Uma iniciativa pequena em números, mas de enorme significação.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pensei em escrever a maldade: "É justo, para o STF não acolher bandidos apenas nos cargos de ministros", mas, depois de ler o seu comentário à notícia, com o qual, aliás, concordo plenamente, desisti da piada.

Arthur Laércio Homci disse...

Apenas a título informativo: A Procuradoria da República no Estado do Pará possui já há alguns anos um convênio com a Casa do Albergado do Estado, pelo qual várias pessoas que estão cumprindo penas em regimes de semi-liberdade trabalham como colaboradoras em diversos serviços, recebendo salários e tudo mais.

Como estagiário de lá que fui em 2008, percebi que o programa é fantástico, sendo uma das formas mais eficientes de ressocialização que já presenciei.

Isso não está acontecendo só por lá, não. Aqui, no Pará, também...

Arthur Laércio Homci

Yúdice Andrade disse...

Na verdade, André, a piada foi feita. Abraços.

Arthur, grato pela advertência. Tenho conhecimento do projeto a que te referes, mas acreditava que o mesmo não estava mais em funcionamento. Levo em conta, p. ex., que o projeto da Fábrica Esperança, criado pelo último governo tucano (que sempre critico, todos), foi para o brejo no governo Ana Júlia, que ajudei a eleger. Então pensei que os demais projetos tinham sofrido o mesmo destino.