“[O STF] está demonstrando para outros tribunais que eles também podem ampliar esse projeto, dar um voto de confiança para nós. Quando a pessoa está fora do sistema, está em liberdade e adquire um voto de confiança desses, com certeza não vai pisar na bola. É uma chance ímpar, uma chance única.”
Este é o depoimento de um dos oito primeiros indivíduos com condenação criminal contratados pelo Supremo Tribunal Federal para serviços administrativos. Aquele tribunal começou a implementar programa de recepção de pessoas condenadas a penas em regime aberto ou semiaberto, para estimular a ressocialização das mesmas e espera que a mesma iniciativa seja tomada pelas demais cortes.
Isso é fazer, não falar, muito menos esperar acontecer. De parabéns o STF que, num momento em que recebe vergastadas de quem critica suas últimas decisões penais, mostra seu compromisso com o aprimoramento da situação prisional no país. Uma iniciativa pequena em números, mas de enorme significação.
3 comentários:
Pensei em escrever a maldade: "É justo, para o STF não acolher bandidos apenas nos cargos de ministros", mas, depois de ler o seu comentário à notícia, com o qual, aliás, concordo plenamente, desisti da piada.
Apenas a título informativo: A Procuradoria da República no Estado do Pará possui já há alguns anos um convênio com a Casa do Albergado do Estado, pelo qual várias pessoas que estão cumprindo penas em regimes de semi-liberdade trabalham como colaboradoras em diversos serviços, recebendo salários e tudo mais.
Como estagiário de lá que fui em 2008, percebi que o programa é fantástico, sendo uma das formas mais eficientes de ressocialização que já presenciei.
Isso não está acontecendo só por lá, não. Aqui, no Pará, também...
Arthur Laércio Homci
Na verdade, André, a piada foi feita. Abraços.
Arthur, grato pela advertência. Tenho conhecimento do projeto a que te referes, mas acreditava que o mesmo não estava mais em funcionamento. Levo em conta, p. ex., que o projeto da Fábrica Esperança, criado pelo último governo tucano (que sempre critico, todos), foi para o brejo no governo Ana Júlia, que ajudei a eleger. Então pensei que os demais projetos tinham sofrido o mesmo destino.
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