Final de semana. Para muitos, hora de descansar até a próxima segunda-feira. E uma vez lá, quando começar o expediente, todo o Brasil terá adotado o sistema de portabilidade numérica, permitindo aos usuários de telefonia celular migrar para outra (ótima) operadora e conservar o seu número. Belém, que junto com São Paulo ficou para a última data da progressiva adoção da medida, entra no jogo.
Como todo mundo tem sempre alguma reclamação contra a própria operadora, espera-se um vai e vem danado entre as diversas empresas. Mas como aqui é Brasil, a sensação reinante é de desalento. Não se acredita que a possibilidade de trocar de operadora sem maiores dificuldades vai nos garantir uma prestação de serviços mais eficiente.
No começo, haverá festas, promoções, doação de aparelhos bacanas e até umas ofertas muito tentadoras. Tudo para cooptar o cliente. Aquela coisa de estamos em campanha. Mas depois de conseguir o voto, a coisa muda de figura. Na teoria, se insatisfeitos, mudamos de casa. Mas se as empresas se equivalem, vamos mudar para quê? Eu me pergunto se, Deus nos livre, essa portabilidade não provocará um efeito reverso, um ajuste celerado entre as operadoras, para que padronizem as suas más condutas. No final, os consumidores, não vendo vantagem, se espalharão entre as opções, como acontece hoje. Eles continuarão lucrando e nós, nos aborrecendo.
Espero estar errado. Mas vou esperar para ver. Pelo menos, aconteça o que acontecer, pelo menos posso assegurar a minha vontade de permanecer com o mesmíssimo número de celular que tenho desde junho de 1997. Um amigo das antigas ainda pode me encontrar, se ligar para o número velho.
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