De onde mais se espera amor e proteção, é de lá mesmo que vem o horror. Não há contornos que minimizem o abuso sexual doméstico, sequer a níveis suportáveis. Ainda mais quando a vítima é apenas uma criança e o abusador, o próprio pai.
Como um sujeito miserável é miserável mesmo, não contente em abusar da filha de 7 anos, o indivíduo a que me refiro — e que deve ser tratado como suspeito, de acordo com o ordenamento penal vigente no país — ainda registrou os abusos em fotografias, que guardou no seu próprio computador. Graças a isso, foi descoberto, quando a esposa e mãe da vítima encontrou as fotos e, felizmente, entregou o material à polícia.
O cidadão já está preso e confessou o delito. A polícia investiga se ele integra alguma rede de pedofilia.
Para piorar, episódios como este — desgraçadamente frequentes — conspiram para que a sociedade, cada vez mais oprimida pelas neuroses da violência e do crime, desenvolvam uma verdadeira paranoia quanto às relações entre pais e filhos. A suspeição, essa praga que suprime a confiança e inviabiliza relacionamentos, ainda há de custar muito caro às presentes e futuras gerações.
6 comentários:
Rechonchudo daquele jeito, na cadeia ele vai ficar bem na foto da rapaziada que adora um estuprador de criancinha. Lá ele paga.
Se algum policial ou agente penitenciário deixar escapar o que ele fez...
Pois é primo.
Infelizmente casos como esses são mais frequentes do que a maioria imagina.
Talvez por questões psicológicas e ainda, o imediatismo e stress característica típica da sociedade contemporêna.
Mas realmente não há justificativas plausíveis para alguém abusar e suprimir a vida de uma filha criança.
Qual sua opinião primo acerca dos motivos que leam uma pessoa a cometer tal crime?
Abraços
Aqui no Pará corre a CPI da pedofilia, na Assembléia Legislativa. A cada dia de depoimentos que passa, o público parece mais constrangido. A degradação está arraigada em todos os segmentos sociais. O que precisamos é trazer isso a público, para que os culpados sejam punidos.
A pergunta que me fazes é muito complexa, primo. Duvido que haja uma causa única. Sem dúvida, temos transtornos comportamentais graves, talvez de fundo genético (se isso for possível, não sei), do tipo que não suprimem o senso moral e a imputabilidade penal. É coisa para psiquiatras responderem.
eu uma mulher de 31 anos começei sofrer aliciamento quando tinha 6 anos de idade pelo meu pai aos aos 9 pelos irmaos da minha mae ninguem acreditava em mim quando eu falava.
Com 11 anos fui violentada nao cosigo ser feiz moro em manaus
Cara anônima, lamento profundamente a sua situação. Como bem sabemos, histórias como a sua são assustadoramente rotineiras, em todas as classes sociais. O meu trabalho me coloca em contato com situações assim e sei que o número é elevadíssimo. Nelas, muitos aspectos se repetem, inclusive a negação e a falta de credibilidade sobre a vítima, o que permite que o abuso se intensifique e se repita.
Receba a minha solidariedade.
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