quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Isso tira as nossas forças

De onde mais se espera amor e proteção, é de lá mesmo que vem o horror. Não há contornos que minimizem o abuso sexual doméstico, sequer a níveis suportáveis. Ainda mais quando a vítima é apenas uma criança e o abusador, o próprio pai.
Como um sujeito miserável é miserável mesmo, não contente em abusar da filha de 7 anos, o indivíduo a que me refiro  e que deve ser tratado como suspeito, de acordo com o ordenamento penal vigente no país  ainda registrou os abusos em fotografias, que guardou no seu próprio computador. Graças a isso, foi descoberto, quando a esposa e mãe da vítima encontrou as fotos e, felizmente, entregou o material à polícia.
O cidadão já está preso e confessou o delito. A polícia investiga se ele integra alguma rede de pedofilia.
Para piorar, episódios como este  desgraçadamente frequentes  conspiram para que a sociedade, cada vez mais oprimida pelas neuroses da violência e do crime, desenvolvam uma verdadeira paranoia quanto às relações entre pais e filhos. A suspeição, essa praga que suprime a confiança e inviabiliza relacionamentos, ainda há de custar muito caro às presentes e futuras gerações.

6 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Rechonchudo daquele jeito, na cadeia ele vai ficar bem na foto da rapaziada que adora um estuprador de criancinha. Lá ele paga.

Yúdice Andrade disse...

Se algum policial ou agente penitenciário deixar escapar o que ele fez...

Anônimo disse...

Pois é primo.

Infelizmente casos como esses são mais frequentes do que a maioria imagina.

Talvez por questões psicológicas e ainda, o imediatismo e stress característica típica da sociedade contemporêna.

Mas realmente não há justificativas plausíveis para alguém abusar e suprimir a vida de uma filha criança.

Qual sua opinião primo acerca dos motivos que leam uma pessoa a cometer tal crime?

Abraços

Yúdice Andrade disse...

Aqui no Pará corre a CPI da pedofilia, na Assembléia Legislativa. A cada dia de depoimentos que passa, o público parece mais constrangido. A degradação está arraigada em todos os segmentos sociais. O que precisamos é trazer isso a público, para que os culpados sejam punidos.
A pergunta que me fazes é muito complexa, primo. Duvido que haja uma causa única. Sem dúvida, temos transtornos comportamentais graves, talvez de fundo genético (se isso for possível, não sei), do tipo que não suprimem o senso moral e a imputabilidade penal. É coisa para psiquiatras responderem.

Anônimo disse...

eu uma mulher de 31 anos começei sofrer aliciamento quando tinha 6 anos de idade pelo meu pai aos aos 9 pelos irmaos da minha mae ninguem acreditava em mim quando eu falava.
Com 11 anos fui violentada nao cosigo ser feiz moro em manaus

Yúdice Andrade disse...

Cara anônima, lamento profundamente a sua situação. Como bem sabemos, histórias como a sua são assustadoramente rotineiras, em todas as classes sociais. O meu trabalho me coloca em contato com situações assim e sei que o número é elevadíssimo. Nelas, muitos aspectos se repetem, inclusive a negação e a falta de credibilidade sobre a vítima, o que permite que o abuso se intensifique e se repita.
Receba a minha solidariedade.