quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Questão comezinha do cotidiano


Um probleminha bobo, mas ainda assim um problema, parece que enfim terá uma solução: o tamanho das roupas de criança, que atualmente não possui nenhuma padronização no Brasil e enlouquece os pais. Assunto que, há seis meses, também faz parte da minha vida. Já pude constatar, pessoalmente, que a tarefa de encontrar uma roupa para o próprio filho nem sempre é das mais simples, sobretudo em se tratando de crianças maiores.
A solução pode estar na proposta da Associação Brasileira de Vestuário, sobre a qual você pode saber mais clicando aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Yúdice,

Fiz um texto sobre o que eu penso sobre o programa Big Brother Brasil (aí embaixo).

Se você achar pertinente, tem o meu aval para publicá-lo como uma postagem aqui no blog.

Um abraço, irmão!

Paul McCartney Anônimo

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A sociedade perde muito com o BBB


Em sua nona edição, o programa Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo de Televisão, segue firme em sua missão – nada nobre – de formar novas gerações de pessoas alienadas, manipuláveis e sem senso crítico. Gente idiota. Disseminar conceitos enganosos sobre como devemos viver é a arma utilizada para atingir seus alvos tão frágeis.

São diversos os aspectos nocivos do reality show e todos ficam registrados no subconsciente do público. Primeiro, ao reunir somente mulheres de corpos perfeitos, dá um duro golpe na auto-estima das mulheres “normais”, as telespectadoras do programa. E haja chapinha, escova progressiva e tempo perdido em tratamentos estéticos – muitos deles perigosos, como as lipoaspirações desnecessárias. Tudo para compensar a nítida desvantagem física em relação às Big Sisters. Livrarias fecham as portas e novos salões de beleza ocupam seus lugares, mostrando que o cérebro está perdendo espaço para peitos, bundas e cabelos. Em vez de mulheres inteligentes, temos mulheres plastificadas, vazias e superficiais. Logo elas, que sempre lutaram por dignidade e relevância na sociedade. Que triste ironia.

Do lado masculino ocorre o mesmo. Tipos musculosos e sarados incutem na cabeça do macho contemporâneo que ele será sumariamente rejeitado pela mulherada se não tiver o abdômen perfeitamente definido. O homem moderno acaba por ficar horas malhando na academia e sequer passa na porta de uma boa livraria. Conteúdo e boas ideias abrem lugar para o nada, para o vazio absoluto.

Durante as festas realizadas na casa, nova indução ao erro: o conceito aqui é de que baladas e bebidas alcoólicas são um caminho seguro para a felicidade, para estar de bem com a vida e ser visto com bons olhos pelos outros. O telespectador jovem, especialmente o público adolescente, ainda sem maturidade para discernir entre o bem e o mal, acaba por “comprar” essa ideia como algo que agrega valor à sua vida. As estatísticas comprovam que os jovens consomem álcool cada vez mais cedo. Como ignorar um apelo tão explícito à ingestão de bebidas?

E que mal há nisso? Bom, qualquer pessoa bem informada conhece os prejuízos de uma vida assim: baladas são ambientes propícios para o uso de drogas, além de deixarem a pessoa mentalmente perturbada com os altíssimos decibéis e as músicas excessivamente repetitivas e agitadas. Além de correr o sério risco de perda auditiva, o jovem fica agitado, fica agressivo. Tudo regado a muito álcool. Casos de violência nas boates são comuns, mas ninguém aprende.

Promiscuidade é regra na casa “mais vigiada do Brasil”. Ninguém é de ninguém. As mulheres se vestem, agem e conversam da forma mais vulgar possível, na esperança de estrelarem a próxima capa da revista Playboy e resolverem seus problemas financeiros. Pagam com o caráter essa tola vaidade. Todo mundo tem um preço, não é mesmo? Não poderia ser pior, em uma época em que os relacionamentos se desmancham num piscar de olhos.

Em uma sociedade como a brasileira, tão carente de boas referências culturais, o Big Brother assume contornos de uma verdadeira tragédia intelectual. É a vitória da baixaria e da ignorância sobre a civilidade e o conhecimento. Chegamos ao fundo do poço. Enquanto isso, os programas educativos são desvalorizados e ficam relegados aos piores horários, quando a audiência praticamente inexiste. Autêntica inversão de prioridades, que só fortalece a estupidez e o descaso com a educação.

Por fim, o programa dissemina o pensamento de que há mérito na vagabundagem. Isso fica ainda mais evidente quando o apresentador Pedro Bial chama os medíocres participantes de “heróis”. Ora, seu Bial, faça-nos o favor! Herói é o povo, é o trabalhador brasileiro, que luta para sobreviver com um salário vergonhoso e sofre, calado, as maiores injustiças. Por tudo isso, utilizemos nosso bom senso. É hora de dizer um sonoro NÃO a esse programa acéfalo, cuja única utilidade é render milhões de reais para a emissora que o exibe.

Quem vale mais? A Globo ou você?

Yúdice Andrade disse...

Meu amigo, endosso suas idéias faz tempo. Muito obrigado por compartilhar o texto.