A jornalista norteamericana Layne Mosler, atualmente radicada em Buenos Aires, inventou uma técnica para encontrar as boas pedidas culinárias da cidade: ela pega um táxi e pede ao motorista que a leve ao local onde ele gosta de comer. O resultado dessas inusitadas corridas é o blog Go where the taxista takes you, em inglês.
A ideia curiosa parece estar funcionando e, cá entre nós, tem lógica. Afinal, o que fazemos quando queremos encontrar um bom lugar para comer? Se formos atrás de publicações especializadas, toparemos com aqueles fru-frus típicos, cheios de termos técnicos, ingredientes obscuros, nomes estrangeiros para coisas simples, glorificação de currículos de chefs e outros elementos que transformarão nossa busca numa espécie de colunismo social. Frustrante. E provavelmente caro. Melhor perguntar aos amigos. Nada mais confiável do que contar com a indicação de quem visitou o local e gostou ou não, seja da comida, dos preços ou do atendimento.
Imagino que Mosler teve essa ideia considerando que taxistas conhecem todo tipo de lugar, já que transitam por toda a cidade, e tendem a procurar comida boa e barata. Nessa busca, acabam topando com alguma coisa digna de nota.
Já visitei alguns pés-sujos muito interessantes, daqueles que não metem medo quanto à higiene (o famoso Flor-de-Lis, na gloriosa Marambaia, mete medo quanto à higiene, tanto que chegou a ser fechado pela Vigilância Sanitário, reabrindo depois supostamente regularizado) e permitem forrar o bucho (que expressão requintada...) sem maiores custos.
E você? Se recebesse uma incumbência dessas, levaria o visitante para onde e para comer o quê? (Por favor, gente, estou falando de comida, culinária, gastronomia, etc., não de safadeza!)
2 comentários:
A Picanha do Hernani, na rua de Óbidos (Cidade Velha) é um excelente lugar.
Agradável, bom e barato.
Mais sugestões de B&B's?
Caro Arthur, tive uma experiência péssima no Hernani. Meu irmão me apurrinhava para ir lá. Uma noite, já um pouco tarde, concordei. Quando chegamos, estava lotado. De cara, não gostei do fumaceiro na minha cara. O garçon, atencioso, tentou conseguir um lugar para nós e caiu na besteira de perguntar o que poderia fazer ao próprio Hernani. Este, aos berros, respondeu: "Já não falei que está lotado?!"
Então falei ao meu irmão que nunca tinha sido destratado em nenhum bom restaurante, desta cidade ou de alguma outra que tenha visitado, e não seria num pé sujo daqueles que eu seria.
Saí cuspindo fogo e jamais voltei. Como sou de magoar, não sei se algum dia porei os meus pés lá. Se for a um pé sujo, será outro.
Mesmo assim, obrigado pela sugestão. Pena que ninguém mais veio nos ajudar com sugestões.
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