A Câmara Municipal de Belém — aquela que ora é presidida por uma iguaria à base de farinha*, ora por um criador de pintos** — aprovou ontem um projeto de lei, proposto pela vereadora Elcione Barbaaaaaaaaaalho, cuja finalidade é obrigar as maternidades públicas e privadas do Município a implementar medidas de identificação dos bebês nelas nascidos, dificultando trocas (acidentais ou dolosas) e seqüestros. A proposta é que as pulseiras e grampos umbilicais colocados nos infantes sejam numerados.
A ideia me pareceu simpática, porque — confesso-lhes — sempre tive um estranho medo de ter meu filho trocado na maternidade. Digo estranho porque eu já tinha esse medo desde criança, sabe-se lá a razão. Então, ao ver a matéria, experimentei um curioso alívio. Gostaria que os amigos médicos emitissem sua abalizada opinião, a fim de sabermos se a proposta é viável economicamente e se teria o poder que lhe foi atribuído.
* Trocadilho infame alusivo à alcunha do vereador Zeca Pirão. Mas, convenhamos, infame é um sujeito se apresentar desse jeito. Acima de tudo, infame é essa pouca vergonha em que se transformou a gestão do parlamento municipal, coisa que jamais acontecera antes da era Dudurudú.
** O vereador Nemias (ou Nehemias) Valentim — nunca soube como se escreve o nome dele mesmo tendo trabalhado na CMB — tinha (ou tem, sei lá) um projeto social de criação de pintos, que eram doados à comunidade. Era assim que ele esperava sensibilizar o eleitorado. Sem dúvida, está dando certo. Os edis tiravam uma onda com a cara de Valentim, que eu considero uma pessoa muito gentil, fazendo trocadilhos com pintos. Mas ele defendia a sua causa e entrava em plenário usando uma gravata com pintinhos amarelinhos! Um horror. Ninguém pode negar, contudo, que ele tem personalidade.
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