domingo, 30 de setembro de 2007

Renato Russo

O já comentado Circuito Cultural Banco do Brasil termina hoje em Belém, apresentando a peça Renato Russo, um monólogo de Bruce Gomlevski contando a vida de um dos maiores ícones da música e poesia brasileira. Merecidamente. Tive a felicidade de crescer escutando as palavras corajosas e verdadeiras da Legião Urbana, imorredouras. Tanto é verdade, que permanecem mais atuais do que nunca. Quer uma prova? Então toma:

Nas favelas
No Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?

Lamentei profundamente quando Renato se foi, meio que se entregando ao desalento de viver provocado pela AIDS e pela depressão. De certa forma, como era um poeta romântico, viveu e morreu como os poetas românticos de nossas aulas de Literatura: viveu pouco, amou intensamente, teve vícios e acabou abatido pelo mal do século, imerso num contraditório gosto pelo sofrimento.
E viverá para sempre conosco.
Ora, Renato, onde está você além de aqui, dentro de mim?

3 comentários:

morenocris disse...

Caramba...linda homenagem !

Parabéns!

Gosto muito dele também!

Beijos.

Unknown disse...

"meio que se entregando ao desalento de viver provocado pela AIDS e pela depressão" e pelas drogas também, por que não...

Bem, no mais, grande músico. Ficou pra história.

Yúdice Andrade disse...

Ele merece, Cris.
E, sim, CT, a peça mostrou como ele provou de um tudo. Isso reforça o meu comentário. Antigamente, os poetas apenas se embebedavam, mas hoje existem tantas opções de drogas. Dá no que dá.