domingo, 30 de setembro de 2007

Olha a revisão!

Em sua coluna no Diário do Pará de hoje, o jornalista Mauro Bonna publicou isto:

BOMBATrês pérolas do último Enem: "O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas"; "O problema ainda é maior em se tratando da camada Diozanio!"; "Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele", e "O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes". Credo!

Notaram? O texto anuncia "três pérolas", mas lista quatro, ostensivamente, já que entre aspas. Erros de contagem não seriam pérolas também? Isso sem falar na imperdoável mania de escrever siglas com letra minúscula, como se fosse uma palavra normal. É ENEM e não Enem. Para quem tem na escrita boa parte de sua vida profissional, tá maus.
Será que ele também escreve siglas assim? Tipo Pa em vez de PA?

4 comentários:

Unknown disse...

"profissional", e não "profissionl".


hahahahahaha
brincadeira. Só pra descontrair!
hehehehe

Yúdice Andrade disse...

Certo, tu me pegaste, CT. Já corrigi. Obrigado pela dica.

Anônimo disse...

Caro Yudice. O texto jornalístico tem suas regras próprias, baseadas, logicamente, em facilitar o entendimento do receptor de cada veículo (rádio, tv, jornal e internet). Para jornais, uma regra básica é: letras maiúsculas embaralham o sentido das frases. Isso é importante em um veículo com textos longos e letras pequenas, e qualquer especialista em programação gráfica pode lhe confirmar. Daí advem a maneira jornalística de grafar siglas, da qual você se queixa. Com mais de três letras, quando formar palavra de pronúncia corrida (Enem, Sudam, Basa) qualquer sigla em um meio de comunicação impresso será grafada apenas com a primeira letra em maiúscula. Com apenas três letras, independente da pronúncia, a sigla fica em maiúsculas (ADA, BB, MP). Há exceções, como INSS, que mesmo contendo quatro letras, deve ser grafado em maiúsculas por não poder ser pronunciada como palavra. Simples. Assim como a universidade tem normas de redação para textos acadêmicos e os advogados cultuam as maiúsculas e o latim em suas peças jurídicas, os jornalistas também temos que primar por certas qualidades no texto. No nosso caso, a lógica é a de se comunicar com o maior número de pessoas, compreendidas as limitações e peculiaridades de cada meio de comunicação.
Um abraço.

Yúdice Andrade disse...

Caro jornalista anônimo, obrigado por sua explicação. Confesso que jamais pensara sob essa perspectiva e, diante do que disse, prometo não ser mais implicante com esses textos, já que existe um sentido para isso, mesmo estando incorreto, do ponto de vista da língua culta.
No mais, reconheço que advogados adoram maiúsculas. Mas não apenas eles. Hoje em dia, todo mundo abusa delas, o que é também um erro de português, que combato. Meus orientandos de TCC penam comigo, porque mando consertar trabalhos inteiros. Afinal, nesse caso, o erro não se justifica por motivo algum.