Com vocês, o Soneto do caju:
Amo na vida as coisas que têm sumo
E oferecem matéria onde pegar
Amo a noite, amo a música, amo o mar
Amo a mulher, amo o álcool e amo o fumo.
E oferecem matéria onde pegar
Amo a noite, amo a música, amo o mar
Amo a mulher, amo o álcool e amo o fumo.
Por isso amo o caju, em que resumo
Esse materialismo elementar
Fruto de cica, fruto de manchar
Sempre mordaz, constantemente a prumo.
Amo vê-lo agarrado ao cajueiro
À beira-mar, a copular com o galho
A castanha brutal como que tesa:
O único fruto — não fruta — brasileiro
Que possui consistência de caralho
E carrega um culhão na natureza.
2 comentários:
Yúdice você é "louquinho" mesmo !
Já ri tanto que você nem imagina !
Beijos.
Louquinho, não. É que de vez em quando eu digo umas coisas mais... diretamente.
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