Criança de 7 anos brincava no quintal, na tarde de ontem. Decidiu imitar um quadro do Domingão do Faustão e fazer acrobacias com um lençol. Enforcou-se acidentalmente e morreu.
O acontecimento me lembra uma aula de Redação que tive na 6ª série. Lá se vão 21 anos. A professora queria trabalhar a leitura e nos pediu para ler notícias de jornais por ela selecionados. Eu me ofereci e li uma reportagem sobre uma criança que morrera ao cair de uma janela, ao tentar imitar um quadro de Os Trapalhões, no qual Didi estava fantasiado de Super-Homem e voava, após saltar de uma janela.
Até onde sei, não existe um surto de acidentes com crianças diretamente provocado por programas de TV, mas seria ridículo supor que a relação inexiste. Hoje, há uma saraivada de críticas à qualidade da programação da TV aberta. Penso que esses dois episódios, separados por mais de duas décadas, são apenas sintomas de que precisamos tomar cuidado com as crianças. Afinal, influenciáveis que são, podem transformar tudo — até mesmo o que aos nossos olhos não representa perigo — em situações pretexto para acidentes. Justamente por isso, não vejo como se possa fazer uma política realmente preventiva desses acidentes. No máximo, sendo bastante enfático com as advertências de segurança e criando chamadas, cativantes para as crianças, como anos atrás existiam na Rede Cultura. O programinha, bem rápido, chamava-se Perigo, perigo, perigo e foi através dele que aprendi a não deixar cabos de panelas virados para fora do fogão.
3 comentários:
Grande Yúdice, eu lançei uma enquête: o Lúcio Flávio Pinto deve ou não minutar no JP sobre os processos judiciais do qual ele é réu? Passe lá e coloque sua opinião. Um abraço.
Yúdice
Não consegui postar na área específica a respeito de sua sugestão, Flib. Que tal Flim? Que tal no Mosqueiro, nossa Moscou? Tenho esse sonho. O problema é a total falta de interesse das "artoridades" municipais.
Mas o importante é que o comentário apareceu, Edyr. Excelente proposta. FLIM seria legal. Já vejo os saraus literários sob um luar semelhante ao que o Barretto posto no Flanar, outro dia.
Será que sonhando juntos o negócio sai?
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