Hoje, duas da tarde, Av. Pedro Álvares Cabral, próximo à Tavares Bastos. Um rapaz desce de um automóvel e entra numa loja para tirar cópias reprográficas. Instantes depois, uma motocicleta para ao lado do veículo. Os assaltantes abordam o motorista e mandem que entregue o dinheiro que acabou de sacar no banco. Ordem atendida, ambos fogem.
No veículo, estavam o pai do motorista e do rapaz que desceu, recentemente passado por uma cirurgia cardíaca. Lívido. A mãe, que teve uma violenta crise nervosa. E mais uma senhora idosa, vítimas vulneráveis para bandidos tão audaciosos.
O fato foi presenciado por meu irmão, que ficou cara a cara, a curta distância de um dos assaltantes. Ao vê-lo, o sujeito pôs a mão na arma. Se alguma coisa desse errado, os criminosos provavelmente invadiriam a loja e meu irmão seria um dos reféns. É dele o desabafo sobre como ficamos absolutamente impotentes diante da violência. Não se sabe o que fazer. Não há nada que se faça. Bem ao lado da loja, um ponto de ônibus, cheio. Todo mundo encolhido vendo o assalto, mas ninguém se mexe.
Escrevo estas linhas e me pergunto: para que narrar o fato? Só porque meu irmão estava no local? Qual o interesse de noticiar — nada além de noticiar — mais um golpe da saidinha, que felizmente não acabou em tragédia? Noticiar mais do mesmo?
Refleti um pouco sobre que utilidade poderia ter esta postagem. Talvez nenhuma, mesmo. Limito-me então a dizer que a polícia precisa entender, de uma vez por todas, a necessidade de fazer rondas ostensivas no entorno das agências bancárias, ao menos no horário de expediente bancário. E quando digo ostensivo, quero dizer abordar toda e qualquer pessoa em toda e qualquer motocicleta que esteja em posição de observar a agência. Abordar, pedir documentos pessoais e da motocicleta, além de fazer revista pessoal, à procura de armas. Procurar celulares e conferir se há chamadas repetidas recentes para um mesmo número. Se houver, ligar para esse número. Estender essa providência a automóveis onde pessoas também estejam há um tempo prolongado em condições de vigiar a agência. Ou se faz isso, ou vamos continuar na mesma ou piorar cada vez mais. E vidas se perderão.
Será que as autoridades policiais não conseguem entender isso? Será que preciso desenhar?
Um comentário:
Bem vindo ao Brasil!
:D
hehehe
Não é a toa que, segundo fontes não muito seguras, em pesquisa do MP, Belém aparece como a quinta cidade mais violenta do País.
(Rio, Vitória, Recife e SP, se não me engano, e não nessa ordem, são as demais.)
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