O Auto do Círio já foi reconhecido pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — IPHAN como patrimônio cultural imaterial da humanidade. Isso, contudo, não o livrou de ser cancelado, no ano passado, por falta de patrocínio. Os poderes públicos não deram a menor bola para uma manifestação cultural de larga repercussão, que ajuda na promoção de Belém por aí afora, que é o que eles supostamente desejam.
Este ano, felizmente, o patrocínio veio. Segundo meu irmão, que é assistente de direção do evento, a prefeitura de Belém forneceu os palcos e a iluminação. Reconheçamos, uma contribuição significativa. Só não precisava ter pedido para mudar a posição do palco mais importante — o da apoteose —, a fim de liberar os trilhos do bondinho que, como dito em postagem anterior, agora é uma gracinha adorada pelo sedizente. Quando a produção do espetáculo questionou as dificuldades de atender o pedido, a resposta veio rápida: virem o palco para a praça. Não se preocupem com a multidão. Depois, plantamos a grama toda de novo.
Simples assim.
O governo do Estado, por sua vez, ofereceu quatro passagens aéreas. Como este ano Fafá de Belém não virá, a produção tentou converter a passagem que lhe seria destinada em dinheiro. Pedido negado. Felizmente, quase no final da semana foi liberada uma verba de 50 mil reais.
Para a cultura, tudo sempre tão difícil...
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