Sanando uma imperdoável lacuna, considerando que o Pará sempre foi e continua a ser, dentre os Estados brasileiros, o de maior incidência da famigerada redução à condição análoga à de escravo, a governadora Ana Júlia a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo — COETRAE, cujos membros foram oficialmente empossados ontem, em solenidade com diversos setores empenhados em combater essa indignidade extrema.
Torço para que a comissão seja séria, eficiente e eficaz no cumprimento de seu desiderato, mas para isso, sem dúvida, precisará contar com o apoio das instituições e também da mídia. Digo isso porque ainda palpita a furiosa atuação de senadores e deputados estaduais — inclusive um do partido da governadora — empenhados, nunca me disseram o porquê, em provar que na PAGRISA não ocorria tal prática. Em uma das movimentações parlamentares mais intensas dos últimos tempos, ficou a nítida sensação de que titulares de mandatos políticos podem não ser, exatamente, representantes do povo.
Boa sorte, comissão. Mas saiba a quem não virar as costas.
Acréscimo em 3.10.2011
Esta foi a única vez em que ouvi falar da COETRAE. Já dá para deduzir o nível de eficiência e inserção midiática que ela alcançou, não? Com a mudança de governo, ignoro até se ela ainda existe.
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