sábado, 6 de outubro de 2007

Crônica de um bondinho anunciado

Eu deveria ter feito por escrito e registrado em cartório. Agora eu poderia provar. Todavia, mesmo sem provas, a minha verdade é a seguinte:
Quando a quadrilha tucana, de triste lembrança, pôs no poder municipal essa coisa cujo nome não escrevo nem pronuncio, uma de suas primeiras ações foi condenar o projeto do bondinho, única e exclusivamente por se tratar de uma iniciativa da gestão anterior, que deveria ser enterrada. Devido aos intensos debates havidos na época, dividindo os muitos que aprovaram e outros tantos que ridicularizaram a iniciativa, se o bondinho funcionasse, entraria para a História como o "bondinho do Edmilson", pois assim era chamado por ambos os lados da disputa. Urgia, pois, acabar com essa aura.
Inventou-se, então, um papo furado de que o trajeto do bonde estava errado sob argumentos nunca esclarecidos. Com isso, enfiou-se o equipamento na garagem e o dinheiro público ficou assim estacionado, por quase três anos.
Agora, anuncia-se a inauguração do bonde para o próximo dia 12. E os mesmíssimos argumentos usados por Edmilson Rodrigues, relativos a um bom impacto turístico, são ressuscitados. Note-se, sobretudo, que nenhuma alteração foi feita no trajeto. Os trilhos estão onde foram postos em 2004. Portanto, tudo o que a prefeitura diga, agora, não será nada além do óbvio: mentiras. O projeto sempre foi viável — ainda que se possa acusá-lo de ser supérfluo —, o bonde sempre pode circular. E se tal não ocorreu, foi simplesmente para que esse sujeito pudesse inaugurá-lo como seu, a partir de uma re-estruturação que jamais aconteceu.
Foi isso que anunciei no começo de 2005. Se fosse uma loteria, agora eu estaria milionário.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não pronunciando o nome dêle, também, podemos dizer que continua sendo um falsário.

Yúdice Andrade disse...

Com toda a certeza, anônimo. E agora um falsário laureado pela mesma categoria profissional que antes ofendeu. Que mundinho...

Anônimo disse...

Caro Mestre,
Pior do que a "escrecência" sentado a frente do poder executivo municipal é assistir a Governadora que ainda não disse para que veio, de relações espúrias e duvidosas com aquele. Parece que além do Fred, todos nós paraenses e belenenses caimos no conto de estelionatários.