Fui compelido a abrir uma conta no Banco do Estado do Pará em 1997. Com alegria, deixei de me relacionar com essa instituição no ano 2000. Digo alegria porque era uma relação conflituosa e por demais insatisfatória para mim. O pior episódio desse período foi quando me afanaram uma folha de cheque e efetuaram um saque, felizmente de valor baixo, a demonstrar a condição simplória da pessoa que me lesou. Ocorre que a pessoa em questão falsificou minha assinatura com tamanha inidoneidade que, a olho nu, até um recém-nascido saberia tratar-se de uma falsificação grosseira, considerando a cópia que me foi fornecida. Mesmo assim, a gerente me informou que, para eu ser ressarcido, precisaria escrever uma carta circunstanciada à superintendência e, num espaço de 90 dias, eu teria uma "posição". Obviamente, como bom brasileiro, deixei de lado e suportei o prejuízo. Não pagava a pena me estressar com o caso.
Em 2003, precisei retornar às hostes do BANPARÁ. Furioso, claro, mas novamente não tive escolha. Amarguei meus dissabores, a começar por não existirem caixas eletrônicos fora das agências ou de instituições públicas — estas, indisponíveis fora do expediente, especialmente nos finais de semana e feriados. De 2005 a 2006, num espaço de 5 meses, precisei trocar o cartão magnético nada menos do que 6 vezes, porque ele sempre estragava em menos de uma semana. Quantas vezes fui ao aeroporto tentar sacar dinheiro e encontrei o caixa em manutenção, sem dinheiro ou sem opção de saque.
Sou forçado a reconhecer, contudo, que os tempos são outros. A começar pelo fato de que estou usando o mesmo cartão há meses. Agora, além de novas agências, há caixas eletrônicos próprios em vários supermercados, inclusive pela rede 24 Horas, em todo o país. Finalmente, posso viajar sem precisar fazer uma transferência entre minhas contas. A civilização está chegando.
Acredito que a mudança seja o efeito de alguns anos de trabalho. Acima de tudo, deve-se mudar a mentalidade medíocre por outra, de eficiência e qualidade. Como usuário, sinto-me no dever de fazer justiça. Ainda há muito a melhorar, mas estamos indo bem. Graças a Deus.
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