O prazo de 15 dias dado para a fiscalização educativa (ahahahahahahahahah!!!) de trânsito ao longo da Av. Duque de Caxias, especialmente no que tange às faixas de pedestres, ainda nem terminou, mas esta tarde os dois agentes que pajeavam a faixa às proximidades da Vileta não se aguentaram: quando um veículo passou ignorando a faixa, enquanto transeuntes aguardavam para atravessar, a multa foi aplicada.
A gana dos agentes era tanta que ambos sacaram do talonário e da caneta ao mesmo tempo, sendo que um declinou em favor do parceiro, que começou a escrever. O primeiro deve ter ficado frustrado.
Enquanto isso, eu parado à espera da travessia, vi uma mulher a um metro da faixa (e não sobre ela), olhando em redor meio abobalhada. Acho que ela não acreditou que, como pedestre, tinha preferência de passagem. A motorista ao meu lado fazia-lhe sinal para que seguisse em frente, mas ela permaneceu imóvel.
Ávidos pelos carros, os agentes não saber que educação para o trânsito envolve, também, atenção ao pedestre. Eles não viram a mulher. Claro, ela não pode ser multada.
4 comentários:
Ontem no final da tarde eu parei em uma dessas faixas da 'Dizque'. Avistei o pedestre esperando a oportunidade que lhe é devida e prontamente sinalizei com o alerta e comecei a reduzir a velocidade, mas os carros das outras pistas nem deram importância e seguiram acelerando. O de trás chegou a ficar inquieto... percebi pelo retrovisor. Depois de alguns segundos parado com o alerta ligado e na pista da esquerda, finalmente as outras duas pistas também ficaram preenchidas com veículos parados, permitindo assim a travessia segura do pedestre.
Não havia agente de trânsito na hora... pelo menos naquela faixa.
Esse é outro problema, Ivan. Em Belém, motorista não tem educação, pedestre não tem educação. Duvido que se consiga criar uma cultura de respeito à faixa de segurança. Os condutores pararão nelas se, e exclusivamente se, houver vigilância. Como esta é incipiente, ora existe, ora não, o motorista não sabe se deve parar ou se pode matar sua vontade de passar chispando e mandando os pedestres para longe. Com a dúvida, fica ainda mais estressado e propenso a comportamentos agressivos.
Ainda estamos longe de encontrar uma fórmula adequada de lidar com esse público.
Caro Yúdice, aqui em São Luís já houve vários casos de motoristas que pararam na faixa e o carro que vinha atrás não parou... O que deixa qualquer um algo temeroso. Certa vez eu parei na faixa e ouvi um terrível ruído de pneus cantando, atrás de mim, além de uma buzina altíssima e gritos de xingamento. O que, sem dúvida, foi bastante pedagógico para mim.
Caro Wilson, estou com um leitor de São Luís? Muito bom. Tenho dois grandes amigos morando aí e, por isso, sempre que posso faço uma visita a sua cidade.
A questão por você tratada é uma preocupação grande aqui. Já vi muitas pessoas externando preocupação com isso. Eu tenho também, claro, pois conheço bem os motoristas daqui e sou gato escaldado: já me bateram duas vezes por trás, uma com bastante gravidade. Na falta de alternativas, o que faço é reduzir, por cautela, a velocidade desde antes da faixa de pedestre, o que obriga os carros de trás a reduzir também.
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