quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Nível judicial

A vítima de um suposto estelionato requer a sua admissão ao processo, na condição de assistente de acusação. O Ministério Público se manifesta contrariamente, por entender que a figura do assistente é inconstitucional. O juiz, porém, acata o pedido, dando um show de fundamentação:

Defero o pedido de admissão de assistência do Ministério Público, muito embora este Órgão tenha manifestado contrário, mas no caso em tela não vejo como negar.

Decisão primorosa, não? Se a Língua Portuguesa sofre com o "defero", a obrigação constitucional do juiz, de fundamentar toda e qualquer decisão, vem com essa de "não vejo como negar". Então tá. Da próxima vez que for pedir algo a alguém, já sabe: é só dizer que você não vê como o seu pedido possa ser negado. Simples assim.

3 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

rssss... só risos rssss... não posso dizer que não há como não rir... rsss...
Defero... rssss... uma letra fica distante da outra no teclado... não tem perdão. rsssss...

Unknown disse...

aUahUAhUAhUAhAUHAuAHA
ridéculo!!!
hehehe

Espero um dia NÃO cometer esses erros...
mas o mais engraçado foi:
"não vejo como negar".

Yúdice Andrade disse...

Fred, a Língua Portuguesa prevê os chamados "verbos defectivos", mas isso é o que eu chamo de verbo defecado.

CT, não é "ridéculo" e sim "redículo"!!! Tenho certeza de que não cometerás erros assim. Por isso, mete a cara nos concursos.