Obrigado, Bia!
Caro Yúdice,
com a poesia e a esperança de Drummond, desejo que seu Natal seja feliz e que 2010 seja uma multiplicação infinita de desejos realizados.
Adelina
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
com a poesia e a esperança de Drummond, desejo que seu Natal seja feliz e que 2010 seja uma multiplicação infinita de desejos realizados.
Adelina
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
Carlos Drummond de Andrade
7 comentários:
Drummond, não importa quanto tempo passe, ele é sempre atual!!!
Linda poesia.
Yúdice, caro,
Mandei um email pra você segunda feira, mas acho que o endereço não é válido. É sobre minha participação no 2º Salão de Humor da Amazônia. Pode conferir aí?
Yúdice, é quase certo que este poema não seja de Drummond, como muitos outros textos de valor estético duvidoso que se encontram na internet. Consultando as Antologias, não há referência que confirme a autoria. E eu também acho que Drummond não usaria a expressão "entregar os pontos" que é muito clichê televisivo anos 90. Falar em "fatias de tempo", "limite da exaustão", "acreditar que vai ser diferente" também não me convence. Parece coisa de compositor de rock progressivo- romântico.
Então vamos de Fernando Pessoa,
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos"
Feliz Natal.
Anna Lins
Artur, não recebi nenhum e-mail seu.
Interessante a sua advertência quanto ao texto. Mas que achei bonito, lá isso achei.
Fernando Pessoa é o máximo, Anna. Sempre recorro a ele.
Caro Yúdice,
só hoje vi o comentário do Artur sobre o texto de "valor estético duvidoso", que, infelizmente para o Artur, é mesmo do drummond..rsrsrs... As antologias da Internet é que não dão conta disto.
Quanto á expressão "entregar os pontos" que para o Artur é um cliche televisivo - o Artur deve ser novinho, há um samba maravilhoso, parceria do Chico Buarque e do Vinívius de Moraes(Desalento, de 1970!!!) que usa essa "expressão televisiva": "...vai e diz a ela que eu entrego os pontos...".
Abração, Yúdice.
Beijinho na Júlia.
Muito obrigado pela confirmação da autoria, Bia. Com tanta informação desencontrada que nos chega, ficamos titubeantes, mesmo.
Considerando a época em que Drummond produziu sua obra e sua linguagem urbana, cotidiana, não achei que a linguagem estivesse incondizente, como afirmou o Artur. Mas tu foste precisa. Abraços.
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