Aproximadamente às 20h45 de ontem, passei pela nossa volta e meia comentada rotatória da Júlio César com Pedro Álvares Cabral. Àquela altura, não deveria mais haver congestionamento ou lentidão, mas o tráfego estava visivelmente prejudicado. Vindo do centro pela Pedro Álvares Cabral, quando me aproximei do canteiro de obras, vi que um enorme caminhão abalroara um automóvel, fazendo o mesmo trajeto que eu. Mas eis que, bem ao lado, um segundo caminhão enorme abalroara um outro automóvel! Uma infeliz coincidência. Inclusive os carros prejudicados eram ambos Fiat Mille.
O resultado foi um monte de veículos se esgueirando para passar entre os dois acidentes e outros tantos os contornando. Mesmo na escuridão, foi possível ver um carro da CTBel e agentes conversando, provavelmente com os envolvidos nos dois sinistros. Contudo, não havia nenhum agente disciplinando o tráfego, apesar da evidente necessidade.
Não é difícil explicar como os acidentes aconteceram. Condutores de veículos longos precisam de mais espaço para manobrar. Suas curvas são mais abertas e naturalmente lentas. À noite, com uma paupérrima iluminação no ambiente e uma grande quantidade de veículos em torno, os caminhoneiros podem ter calculado mal a distância e fechado em cima dos pequenos. Mas eu aposto que os culpados foram os motoristas dos automóveis. E por que penso isso? Simples: alopração, a marca dos nossos motoristas. Era mais fácil o condutor de um carrinho ver um imenso caminhão branco do que o contrário. Mas, acima de tudo, o excesso de confiança deve ter induzido os motoristas a avançar, achando que seriam capazes de ultrapassar os caminhões, quando não eram.
E como naquelas confluências a confusão é grande como em portas de formigueiro — é um tal de carro empurrando carro e salve-se quem puder —, um instante de desatenção pode custar caro. Agradeci a Deus por ter conseguido transpor o local sem ficar, eu mesmo, parado numa nova colisão.
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