sábado, 12 de dezembro de 2009

Terras de Irituia

Irituia é um Município do nordeste paraense (microrregião Guamá), com 30.552 habitantes (segundo dados do IBGE, deste ano). Tem uma área de 1.379 Km2 (estes dados nunca batem se os olhamos em fontes diferentes; nunca!) e é banhado pelo rio de mesmo nome, afluente da margem esquerda do Rio Guamá. Localiza-se a cerca de 170 Km da capital e, partindo desta, o acesso se faz pela BR-316, BR-010 e PA-253. As estradas estão em boas condições.
Estive lá no comecinho de novembro, com a família, para um final de semana de descanso. No atropelo do trabalho, somente agora organizei algumas fotografias que tirei para publicar aqui no blog.
Registro, então, primeiramente, algo que não fazia há muitos anos: embrenhar-me no mato. Que me recorde, a última vez que o fizera foi em 1992 ou 1993, num imenso tour, que durou horas, pelas matas e propriedades de Mosqueiro, ali pelas bandas da Baía do Sol. Mas esta história merece atenção especial e ficará para outra oportunidade.
Visitando a propriedade de um amigo as suas terras, como ele diz, ou o seu latifúndio, como me refiro , fizemos uma caminhada em meio à mata nativa. Salvo incursões ocasionais de espertinhos das redondezas, interessados em afanar madeira, a vegetação está totalmente preservada. Revivi a sensação agradabilíssima de caminhar cercado pelas árvores, sentindo a temperatura despencar (e eram duas da tarde). Escutei pássaros e outros animais, além dos estalos de folhas e gravetos quebrando sob nossos pés. Nesta primeira imagem, você tem uma ideia do cenário que percorri.
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Mais adiante, a curiosa forma das raízes de um espécime que nosso guia identificou como sendo uma corticeira (segundo a boa e velha Internet, a cortiça corresponde à casca de árvores denominadas sobreiros). Ele até deu um golpe com o terçado na raiz, que cedeu facilmente, revelando não ser tão sólida quanto parecia.
Prosseguindo nosso passeio, num sobe e desce cansativo sobretudo por conta dos galhos e troncos caídos, além de perigosas raízes, que brotavam subitamente, grandes, grossas e afiadas o suficiente para fazer um estrago tremendo se pisássemos numa delas , o chão ia ficando cada vez mais alagado, pela aproximação do rio. Já enfiávamos os pés na lama, literalmente. Mas ao chegar à beira do rio, uma visão reconfortante. Vocês não têm noção do quanto a água era fria. Um deleite.
Nada melhor do que terminar o passeio com um bom banho, em águas plácidas, rasas e gélidas.
Para saber um pouco mais sobre a história e a cultura de Irituia: http://portalamazonia.globo.com/pscript/amazoniadeaaz/artigoAZ.php?idaz=606

4 comentários:

Ana Miranda disse...

Tirando o medo dos "outros animais", é uma delícia fazer uma caminhada em um lugar tão lindo assim.
Eu só gosto de correr, mas um lugar como esse, pede uma caminhada para que se possa aproveitar bem a belíssima paisagem!!!

Yúdice Andrade disse...

Já que tocaste no assunto, Ana, lá pelas tantas o nosso guia falou em cobra. Foi o suficiente para a esposa dele ter uma súbita lembrança de que precisava voltar para casa. Engraçado é que ela deveria estar perfeitamente ciente de que encontrar uma cobra nada teria de extraordinário.
Sorte a dela de possuir um marido bonzinho. Eu, provavelmente, teria gritado "cobra!!!" e corrido aos berros por alguns metros, só para ver o que aconteceria!!!

Ana Miranda disse...

Se fosse comigo, vc simplesmente iria levar uma surra na frente do seu amigo. Eh...eh...eh...

Yúdice Andrade disse...

Mas, para isso, terias que me pegar primeiro!