Voltando para casa, paro num sinal fechado e vejo, à frente, uma aglomeração, com uma viatura da Polícia Militar no meio. "Confusão à vista", penso. Cidadão que acabara de passar pelo furdunço vem caminhando e lhe pergunto o que está acontecendo.
"Ah, era um cara fazendo a mudança da mulher dali", respondeu.
Botei o Tico e o Teco para funcionar e eles me preveniram que o vocábulo "mudança" não possuía, no contexto, o seu significado habitual. Aí o cidadão prosseguiu:
"Os vizinhos perceberam e chamaram a polícia."
Agora sim. Malandro se aproveita do fato de a casa estar vazia e a invade, com o intuito de afanar de dentro tudo o que pudesse carregar. Os vizinhos perceberam a movimentação e chamaram a polícia. No final, a única peça que mudou de lugar foi o ladrão: de lá direto para o xilindró.
É bom quando histórias de abuso e crime têm um desfecho como este, diferente da rotina. Mas tais desfechos somente são possíveis porque alguém se importou. Muitas vezes, ninguém se importa.
2 comentários:
Final Feliz!!!!
De vez em quando acontece.
Postar um comentário