quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Rastreamento obrigatório

O Conselho Nacional de Trânsito — CONTRAN aprovou uma resolução, ainda não publicada, determinando a todas as automontadoras que instalem, nos veículos novos, rastreador por satélite, o equipamento de segurança mais caro do mercado nos carros. O detalhe é que, obviamente, o rastreador não funciona sozinho. À semelhança do identificador de chamadas telefônicas, que precisa de uma funcionalidade no aparelho mas só adianta se a operadora oferecer o serviço e você pagar por ele, o rastreador veicular também depende de empresas que mantenham o serviço. Atualmente, essa vigilância custa em média R$ 80,00 por mês.
Evidentemente, os benefícios são grandes em caso de furto ou roubo do veículo e, principalmente, de sequestro. Eu gostaria de possuir, mas nem todo mundo pensa do mesmo jeito. Cônjuges infieis e jovens com síndrome de não-dou-satisfação-da-minha-vida-a-ninguém-especialmente-a-meus-pais provavelmente odiarão estar submetidos a essa ameaça. Justamente por isso o PROCON já anunciou que a iniciativa do CONTRAN é abusiva, pois obriga o consumidor a adquirir um produto e um serviço que talvez não deseje. Pagando por isso, pois as montadoras já avisaram que, claro, os custos serão integralmente repassados.
A medida deve ser implementada dentro de dois anos. Isto é, se ninguém ingressar em juízo para declarar a ilegalidade da deliberação, como imagino — e espero — que aconteça. Afinal, uma sofisticação dessas não pode ser imposta, mas livremente escolhida por quem deseje e possa arcar com ela.
Grandes ideias...

2 comentários:

Unknown disse...

voltando de férias...
hehehe


Nossa esse negócio é muito perigoso, além de indiscreto, é claro. Já pensou uma pergunta como essa:

"Foi fazer o que na BR 10horas da noite, rapaz?"

No mínimo, uma "saia justa", hehehe.

não, obrigado!

Yúdice Andrade disse...

O bom filho à casa torna. Alvíssaras! Só fiquei me perguntando quem seria a pessoa que te preocupa em caso de rastreamento. Pelo visto é o pai ou mãe mas, pelo sim, pelo não, vou perguntar a opinião da Karla. Abraços.