O Diário do Pará ostenta em sua principal manchete, hoje, que bancos pagam cheques sem conferir a assinatura do correntista. Para mim, nenhuma novidade. Cerca de oito anos atrás, tive uma folha de talão de cheque subtraída furtivamente. Quando dei falta, tirei um extrato da conta e identifiquei o título descontado. Felizmente, a pessoa (que posteriormente identifiquei) era apenas uma ladra de galinhas e me deu um prejuízo de 86 reais. Acho que só queria pagar uma conta pessoal ou algo assim.
Ao pedir cópia do cheque ao banco, observei que a assinatura aposta era tão diferente da minha que até um cego seria capaz de perceber. Encurtando a história, acabei suportando o prejuízo, pois a gerente do Banpará (não perderia a oportunidade de mencionar o nome dessa fuleiragem) me explicou que, para ser ressarcido, eu teria que fazer um requerimento, o qual seria encaminhado à presidência e dentro de 60 dias blá-blá-blá. Ou seja, desisti.
Nessa época, foi-me explicado que, devido às metas de produtividade dessas instituições rameiras que representam Satanás na Terra — os bancos —, o caixa não perde tempo conferindo assinaturas para poder atender um maior número de usuários. E adivinha quem acaba sofrendo as consequências da ganância dessa canalha?
Duvido que a situação tenha mudado. Mesmo com o incremento das normas de proteção ao consumidor e com o avanço da informática, o que sempre fala mais alto é a força da grana que ergue e destroi coisas belas. Poucas coisas são tão nazistas quanto metas bancárias de produtividade, que por sinal me causaram outros prejuízos mais tarde. Mas essa história fica para outro dia.
Em suma, bancos merecem os castigos infernais.
4 comentários:
Só no Brasil mesmo...
Como pode uma pessoa receber um título de crédito, descontá-lo, e nem se dar ao trabalho de verificar a assinatura, requisito essencial para a validade do mesmo.
aff..
Prezado Carlos Thiago, eu também desconheço se algum outro país é assim tão pródigo nesse tipo de abuso. Brasilidades...
E os cartórios.
Cópia autenticada em cartório, é uma pouca vergonha, se levares as cópias só para colocar o "valioso" selinho, eles nem verificam se é o mesmo documento ou se foi falsificado de alguma maneira.
O que vale e receber pelo selo que vale ouro.
Cara Ana Paula, isso depende do cartório. Já estive em alguns que somente se interessaram pelo pagamento, mas em outros as exigências de cautela chegaram a me aborrecer, pelo tempo que perdi apenas para reconhecer uma simples assinatura.
Da próxima vez, tente o Queiroz Santos, ali em frente ao Museu. Sempre os vi agir de maneira correta.
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