segunda-feira, 21 de maio de 2007

Domingo em Mosqueiro

Ontem resolvi dar um pulinho em Mosqueiro, para passar algumas horas agradáveis com a família. Como isto aqui obviamente não é uma coluna social, vamos ao que interessa:

1. Mosqueiro está limpa, tão limpa quanto possível numa terra em que as pessoas estão convencidas de que devem jogar lixo no chão. Na areia da praia, os detritos eram basicamente vegetais, trazidos pela maré. Aspecto bastante positivo.

2. Provado por A+B que o melhor momento para visitar a ilha é no intervalo da badalação. Num domingo qualquer, sem feriado, só famílias aparecem. Nada de confusão, engarrafamento ou automóveis transformados em aparelhagens sobre rodas. Na barraca em que nos assentamos, a música era de Renato e seus Blue Caps e depois sambinhas bem bacanas. Vocês acreditam que não tocou calipso ou tecnobrega? Pois não tocou. Aspecto bastante positivo.

3. O sol não abriu, para tristeza de muitos, inclusive membros de minha equipe. Para mim, quanto menos sol, melhor. Fiquei de molho e, com uma simples passada de protetor solar, acabei o dia sem nenhum desconforto. Aspecto ruim para todo mundo, exceto para mim e minha esposa.

4. A água estava limpa e friazinha. Senti falta de ondas mais fortes, porque adoro brigar com elas. Divirto-me. Mas para um dia de paz, perfeito.

5. Apesar de conduzidas por pessoas bem intencionadas, as barracas da orla deixam a desejar. Na nossa, por volta de 9 da manhã, só havia duas marcas de refrigerante. A Coca-Cola acabou antes do almoço (inaceitável). Não há nenhum tipo de suco. Ou seja, uma larguíssima parcela de clientes fica sem opções. Mais uma vez se comprova que não temos competência para fazer turismo. Inadmissível que não haja produtos a oferecer a quem procurar. Aspecto desfavorável.

6. A comida estava apreciável. A pescada frita inteira, muito boa. A macaxeira frita, crocante e sequinha. E a calabresa não era aquela porcaria branca de tanta gordura. Destaques promissores.

7. Embora a Avenida Beira-Rio esteja com mão única a partir do caramanchão há anos, os motoristas insistem em ignorar isso. Trafegam na contramão como se nada houvesse mudado. Naturalmente, isso gera riscos sérios. Aspecto grave a ser imediatamente reparado.

8. Ainda sobre o mal comportamento do público, a cretinada continua levando seus cachorros à praia com a maior sem cerimônia. Detesto gente que não sabe a diferença entre seres humanos e animais. E olha que adoro cães. Mas eles são cães. A presença deles na areia é um passo para a proliferação da nefasta larva migrans, tenebrosa para humanos e até fatal para os bichos. Animais, deixem os de estimação em casa. Aspecto condenável.

9. Durante todo o dia, não vi um só policial nas praias ou ruas. Péssimo.

10. Cuidado ao comprar camarão na estrada. Além da eterna luta pela pesagem correta, quando os camarões estão graúdos (como ontem), podem estar velhos. Comprar na praia foi melhor negócio. Atenção requerida.

Haveria muito mais a dizer, claro. O que pretendo deixar como mensagem é, acima de tudo, a constatação de que Mosqueiro é uma jóia, uma maravilha que nos foi concedida, sem receber — do povo e das autoridades — o cuidado e o respeito merecidos. Espero voltar em breve.

PS — A placa informando que a pista de rolamento da ponte está em recuperação permanece de pé, como está há anos. Só não vejo as tais obras de recuperação.

5 comentários:

Anônimo disse...

Yúdice, Mosqueiro me causa empolgação. Sinto-me pessoalmente orgulhoso, sempre que alguém fala bem da ilha. Sou apaixonado por esse pedaço tão singular e tão abençoadamente próximo da nossa pobre cidade.
Pena mesmo que, como tu disseste, a maioria dos freqüentadores não devolve em carinho e cuidados a beleza e o bem-estar que a ilha lhe proporciona.
Vá sempre a Mosqueiro. Faz bem, muito bem à alma curtir os seus prazeres.

Anônimo disse...

Péssimo tambem é ver que a Policia Rodoviária Federal além de colocar sonorizadores na pista junto aos seus postos (Ananindeua e Benevides), num momento de grande lucidez do chefe responsável, resolveu infernizar mais ainda o pobre condutor, aplicou-lhe,digo aplicou na Br.316 aqueles tijolinhos amarelos afim de tornar mais infernal conduzir nessas nossas estradas.
Será que a competência do chefe que ordenou se resume a isto?
Digo. Basta ficar observando a passagem dos carros ao invés de ficar batendo papo e os nossos bravos inspetores estariam sim cumprindo a obrigação para as quais são pagos pelo povo que eles teimam em azucrinar.

Carlos Barretto  disse...

Bem. Então vc finalmente entrou pro clube.
Ótimo. Quanto mais, melhor.

Yúdice Andrade disse...

Caros comentaristas, sempre fui apreciador de Mosqueiro. Hoje, porém, após ter conhecido outras cidades, passei a vê-lo com olhos mais justos, porque sua beleza é real, não se trata de mero bairrismo.
Sempre que puder, estarei lá. E da próxima vez me certificarei que a bateria da câmera fotográfica está carregada, para não perder a oportunidade de registrar momentos tão agradáveis.

Anônimo disse...

Dol, só tenho a dizer que o seu blog está show de bola, as vezes do uma passada por aqui e leio...
é,esse passeio de domingo realmente deve ter sido legal, apesar deu não ter sido convidada(¬¬º) fico feliz em saber que voce se divertiu.
Muitos beijos...
Faela
=*