segunda-feira, 7 de maio de 2007

Ereção processual

Certa juíza paraense, após concluir a instrução de um processo em que dois membros de uma gangue eram acusados dos crimes de roubo, dano, lesão corporal e formação de quadrilha, inicia a fundamentação de sua sentença com o seguinte enunciado:

Inexistindo questões preliminares a serem decididas e estando os autos eretos e em prumo, passo ao exame do mérito da ação.

Juro que é verdade. Os autos estão aqui na minha mão, neste exato momento, mas asseguro-lhes que são bem molinhos — nada que me constrangesse a pegar neles.
Já consultei minhas fontes e não consegui encontrar qualquer explicação plausível para a expressão utilizada pela magistrada. Em que estaria pensando ela no dia 16.11.2005, data em que subscreveu o decisório? Como diria D. Milú, mistéééééério...
Conheço autos saneados. Mas eretos, para mim é novidade. E em prumo, que por sinal dá no mesmo, o que me leva a constatar que a juíza realmente estava pensando no que escreveu. Se algum jurista souber me explicar o que significam "autos eretos e em prumo", penhoradamente agradeço.

6 comentários:

Ivan Daniel disse...

O que ela estava pensando na hora não sei, mas o que ela fez antes ou depois com certeza eu sei.
:-P

Yúdice Andrade disse...

Ivan, que menino levado que você é!

Unknown disse...

bem, complementando o que o ivan disse, acho que ela estava mesmo pensando em outra coisa (Alto, ereto, etc. hahahahaha).

Penso que a mesma iria escrever "corretos", contudo, inconscientemente acabou saindo tal palavra, "trocando as bolas". O que acaba recaindo, possivelmente, ou melhor, muito possivelmente, na teoria do Ivan.

Frederico Guerreiro disse...

Que juíza sádica! Desconsidera as preliminares e vai logo ao ereto e em prumo para mérito da ação.

Yúdice Andrade disse...

Mas, Carlos Thiago, se ela pensa numa coisa e escreve outra, isso não seria um ato fálico? Digo, ato falho?
Fred, eu pensava que as mulheres faziam questão das preliminares. Pelo visto, nem todas.

Unknown disse...

hahahahaha.

com certeza foi um ato fálico, bem fálico. A juíza que o diga!