segunda-feira, 28 de maio de 2007

Falta sangue

Do Repórter 70 de hoje:

Na semana passada, mais da metade das cirurgias do Ophir Loiola tiveram que ser desmarcadas. Não havia sangue. Médicos e funcionários fizeram doações ao Hemopa.

Faltar sangue é um absurdo. Há anos são realizadas campanhas com essa finalidade, mas parece que não surte efeito. Diante dessa horrível notícia, só posso constatar que não, mesmo. O que justifica isso? Falta de solidariedade? Ou será que as pessoas simplesmente não pensam nesse assunto?
Mesmo para aqueles estritamente egoístas — que se recusam a doar órgãos, p. ex., sem qualquer motivo plausível (penso que seja a grande maioria dos brasileiros) —, a situação deveria ser preocupante. Afinal, não é o Ophir Loiola que não dispõe de sangue. É o HEMOPA. Isso significa que mesmo os mais endinheirados, se precisarem de um atendimento particular, podem ser confrontados com a impossibilidade de cirurgia. E isso representa, dependendo do caso, risco real de morte.
Pensando na coletividade, no semelhante, num parente próximo ou ao menos em si mesmo, doe sangue.

PS — Antes que alguém me pergunte, esclareço: Já doei sangue duas vezes, mas atualmente estou impedido de fazê-lo por um problema hepático chamado esteatose. Minha última doação foi recusada devido à alteração das minhas taxas de transaminases. Fui avisado que, se me recusarem uma segunda vez, cairei num cadastro de exclusão perpétua. Eu ficaria muto triste se não pudesse doar sangue nunca mais, por isso tenho que primeiro sanar esse probleminha, para só depois fazer o que ora lhes exorto a fazer.
Creiam-me, não é falta de vontade. Doar sangue é bom. Pelo menos no meu caso, a sensação que provoca é de euforia.

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